30 de mar. de 2016

Corpo Teu










Preciso de um corpo
Um corpo para amar
Para beijar, idolatrar
Dedilhar cada dobra, cada prega sedosa
Descobrir fendas e caminhos
Que nunca tenha percorrido antes
Que suado pelo amor
Seja enxugado por meu desejo
Que me toque que me sinta
Que ame com desejo
E que me faça
E eu faça feliz
Um corpo de mulher
Que me torne homem
Que me faça amado
Que seja encantado
Que me sugue com desejo
Que me agasalhe nos seu íntimo
Que me peça o que não tenho
Que me deixe extenuado
Mas que me trate com carinho
Preciso de um corpo, o corpo teu.



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Beijos Molhados










Beijos molhados 
Lambuzados de orvalho, 
Minhas mãos em seus seios, 
Madrugada vadia, 
Minhas pernas entrelaçadas, 
Com suas pernas embaralhadas. 
A respiração ofegante, 
O gosto de vinho, 
Tinto e rascante, 
Janelas abertas 
É tão doce o pecado. 
Rasgar sua blusa, 
Libertar os seus seios, 
Espremê-los de anseios, 
O seu ventre suado, 
Me chama, me aquece, 
O seu cheiro, o seu cheiro... 
Me embriaga e enlouquece. 
A lua enxerida 
Nos espiona, é claro! 
Abafar seus gemidos 
Com um beijo, meus lábios, 
Ocupar os espaços, 
É tão forte o abraço, 
Olhar nos seus olhos, 
Perceber o delírio, 
Perceber as narinas, 
Dilatadas, desejos... 
Deixar gravado em seu corpo 
Minhas marcas, meu nome, 
Nos seus ouvidos segredos, 
Coisas bem indecentes. 
Uma parte de você diz não! 
Mas a outra se entrega, 
Não nega que gosta! 
De me sentir abusado 
Por todos os cantos e lados, 
Pois eu sou o veneno 
Que alimenta o seu corpo, 
Pois sou eu quem sacia 
A sua inquietude tamanha, 
Pois só assim você se aquieta, 
Adormece, sonha 
E esquece a esta dor.



Naldo Velho


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29 de mar. de 2016

Sedução










Rubras faces
Rubros lábios
molhados
Caio de joelhos
cai a fina camisola perfumada
Inebriante
mais que o melhor néctar
e sem mais...

Te seduzo!

Abuso,
Lambuzo tudo
com meu arfar molhado
com leite e mel romano
com palavras e defeitos.
Mundano,
Humano...

Te seduzo!

Com carinho.
Delicada porcelana.
te envolvo e te engano.
Há malícia no ar.
A vontade inundando tudo
a nós...
mas ainda não!

Te seduzo!

Seus olhos já não estão em mim.
Estão fechados, adivinhando
meus toques.
Suas mãos suadas
Me conduzindo...
... aprendo seu corpo.

Te seduzo!

Cada pêlo
cada poro,
cada milímetro quadrado
dessa tez morena
implorará por mim
E de repente afundo

Reparo, então
que no fim do fundo
não mais seduzo...
Seduzido me confundo,
com você.



Cláudio de F. Barbosa


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Amor na Madrugada









AH!..como és linda minha amada
Nua, bela sobre a cama
O meu corpo por ti clama
Te possuir na madrugada

Deito ao teu lado, beijo os teus seios
Minha mão desce atrevida
Sinto tua pele aquecida
De lascívia estou cheio

Tuas pernas vão se abrindo
Minha língua escorregando
Teu doce sexo encontrando
Sinto teu nectar fluindo

Tua mão vem e me ensina
Quente segura o meu falo
E no sabor desse embalo
Te possuo, minha menina...



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23 de mar. de 2016

Meu Pecado de Amor









Você é meu grade pecado de amor deste prazer
Desfrutado, onde sinto teu cheiro almiscarado
Com o teu cheiro gostoso, e tua boca gostosa 
Me alucina convidando-me ao pecado manhoso.

Quando estou excitado vejo teu corpo enroscar
Em ti vejo uma serpente a brincar, serpente
Essa que somente você me faz hipnotizar, faz
De mim teu escravo e farei tudo que me mandar.

Como um desesperado começo a lamber, os lábios
Invadem teu corpo e te vou sugar todo o prazer
Somente tu sabes me oferecer, a quentura que
Há em ti eu apagarei todo esse fogo podes crer.

Bem louquinha vou te deixar, acabo com o teu
Tesão e veras como te vou dominar, farei tudo
Com carinho, todos delírios e prazeres, serei
Teu gatinho ai ai como quero gritar de prazer.


João Gonçalves


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Nua








Quando estás vestida, 
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.

Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.

Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.

Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.

Teus exíguos 
- Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos –
Brilham.

Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!



Manoel Bandeira


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Beijar








Eu gosto do seu corpo
Eu gosto do que ele faz
Eu gosto de como ele faz
Eu gosto de sentir as formas do seu corpo,
Dos seus ossos,
E de sentir o tremor firme e doce
De quando lhe beijo
E volto a beijar,
E volto a beijar,
E volto a beijar...



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21 de mar. de 2016

Meu Desejo









Meu desejo é ter uma noite com você
Ficar uns minutos te admirando
Despida na ânsia de tanto querer
E começar a passar suavemente
O gelo pelas curvas do seu corpo já arrepiado
Para ficar molhado como as folhas pelo orvalho

Seus seios cálidos ansiar por minhas carícias
Meus lábios encontrarem os seus
Nossos corpos aos desejos se renderem

Quero sentir o gosto dos seus seios
Meus lábios seus mamilos procurarem
Suas mãos me enlaçando
 Você a sussurrar carícias
Sentindo seu corpo se entregando
No amor flutuando

Quero tocar-lhe em cada canto
Saciar suas costelas
Sentir seu ventre com meus carinhos se contrair
Sentir o desejo entre suas pernas

Quero com meus lábios
Tatear as paredes do seu interior
Sentir seu corpo se contorcer
Estremecer

Suas pernas me enlaçarem
Suas mãos agarrarem meus cabelos
Puxando-me para dentro de você
Sentindo todo prazer

Até eu sentir o sabor doce
Da seiva do seu gozo
Saciar seus desejos
Até você desfalecer
De prazer



Arnoldo Pimentel


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Toques quentes e apertados








Sobre o leito tênue sigilo
Rendidos amantes suados
Só em íntimo estrilo
Deslizam dedos molhados
Saboreando o restilo
Em toque quentes e apertados.

Corpos que se amassam
Numa fricção desmedida
Na abalroação se entrelaçam
Um beijo... um gemido... uma lambida
Dentro do abraço se transpassam
Esquadrinhando uma deliciosa metida.

Abre um espaço e... a invasão
Ereto... rijo... pulsando
No ar ... só urros de tesão
Tudo em volta está lubrificando
Ardendo entre balbuciados "sim e não"
Ensandecido... Entrando e expulsando
Moléculas... líquidos... sólidos... coesão!

Gozos perenes e eminentes
Calmaria de loucuras e devaneios
Corpos saciados e preeminentes
Descansam e repousam seus anseios.



Cléia Fialho


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20 de mar. de 2016

Scalene - Entrelaços



 



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Doce Essência








Essência da vida,
aroma inebriante,
cheiro provocante e sensual,
perfume de mulher...
Doce gosto do pecado,
toques que seduzem, pele que arrepia,
gestos que induzem aos prazeres da volúpia e da entrega...
Essência da pureza, beleza exótica,
misterioso olhar,
íntimos segredos trancafiados a sete chaves
para que tão somente o escolhido obtenha
a permissão e a satisfação de  desvendar...
Doce e quente sabor, inconfundível,
inexistente,inigualável néctar extraído de seus
poros, de sua intimidade...
Essência do amor, corpos suados, trêmulos, 
insaciáveis, unidos como se fora um só...
Doce e linda visão, perfeição anatômica,
onde cada ponto, cada traço parecem ter 
sido milimétricamente desenhados...
Essência do desejo, bocas vorazes trilham insaciáveis
pelos corpos a busca do prazer extremo atingir...
Doce e delirante momento, corpos entrelaçados,
gemidos e arfares sonoros espalham-se no ar...
Essência do prazer, posições variadas e alternadas 
a procura do gozo e do êxtase...
Doce e eterna sensação, incontroláveis espasmos corporais
traduzem o puro e verdadeiro sentimento de excitação, 
traduzem o significado da palavra tesão...
Essência do carinho, mãos que tocam
delicadamente partes sensíveis, e a cada toque 
contorções frenéticas evoluem...
Doce e maliciosa investida, fortes estocadas
e ardentes contrações saciam o febril desejo
libidinoso de dois sexos...
Essência do erotismo, sussurros e gemidos
incentivam ultrapassar os limites
do possível e do ato rotineiro...
Doce e derradeiro final, corpos estendidos,
olhos cerrados, cheiro inebriante de seivas misturadas, 
sabores ímpares em bocas coladas...
Doce essência do amor, tornando fantasias em realidade
e realidade em fantasias...


José Cardoso


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O sexo é sagrado…








O sexo é sagrado,
como salgadas são as gotas de suor
que brotam dos meus poros
e encharcam nossas peles.
A noite é meu templo
onde me torno uma deusa enlouquecida
sentindo teus pelos sobre a minha pele.
Neste instante já não sou nada,
somente corpo,
boca,
pele,
pêlos,
línguas,
bocas.
E a vida brota da semente,
dos poucos segundos de êxtase.
Tuas mãos como um brinquedo
passeiam pelo meu corpo.
Não revelam segredos
desvendam apenas o pudor do mundo,
descobrem a febre dos animais.
Então nos tornamos um
ao mesmo tempo em que
a escuridão explode em festa.
A noite amanhece sem versos,
com a música do seu hálito ofegante.
O sol brota de dentro de mim.
Breves segundos.
Por alguns instantes dispo-me do sofrimento.
Eu fui feliz.



Cláudia Marczak


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Minha mulher







A minha mulher
tem mistério insondável,
recato impenetrável
aos olhos voyeurs.

A minha mulher,
tem uma nudez invisível
e um olhar transparente
só para o que quer.

A minha mulher
tem o encanto das fadas
e a magia das bruxas
quando estamos em nós.

Ela sabe fazer-se inteira
nunca está em pedaços
sabe todas perícias
atar e soltar nossos nós.

Nela, o meu corpo presente
é mais do que tudo,
do eterno, um estudo,
quando estamos a sós.

Ela tem a magia dos celtas,
obtém a têmpera correta,
de traz-nos o instante
de toda eternidade.

Ela tem o erotismo dos anjos
o silêncio dos sábios
ao dizer o que é
ser a minha mulher.


Calex Fagundes

19 de mar. de 2016

Rob Zombie - Well, Everybody’s Fucking in a U.F.O. (Explicit)



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Fábrica de amor








O quanto, menina, anseio
Beijar-te toda, teu seio,
Cabelos, pele e boca,
Levar-te ao delírio extremo,
Calar-te enquanto gemo,
Enquanto te faço louca...

Quero adentrar verdejantes
Matas, vales excitantes,
E me perder em desejos...
Quero atar-te junto a mim,
Fazermos amor sem fim,
Me consumir com teus beijos...

Enquanto estivermos longe
Me comporto como um monge,
Apenas ao teu dispor.
És meu sonho desejado,
Meu paraíso encantado,
Minha fábrica de amor!



Piero Valmart


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Possuída








Ahhhhh......
Acolher-te em mim, amado,
Que sensação incrível...
É navegar num mar
Ardente, aprazível,
É notar que, afinal,
Pra isso vale a vida...
É um prazer total
Sentir-me possuída,
É provar as delícias
Aos deuses reservadas,
É fartar o instinto,
Pois com você me sinto
De todas a mulheres
A mais das desejadas...


Maraína Bastos


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Teus Seios








Teus seios... quando os sinto, quando os beijo
na ânsia febril de amante incontentado,
são pólos recebendo o meu desejo,
nos momentos sublimes de pecado...

E às manhãs... quando acaso, entre lençóis
das roupagens do leito, saltam nus,
lembram, não sei, dois lindos girassóis
fugindo à sombra e procurando a luz!...

Florações róseas de uma carne em flor
que se ostenta a tremer em dois botões
na primavera ardente de um amor
que vive para as nossas sensações...

Túmidos... cheios... palpitantes, como
dois bagos do teu corpo de sereia,
tem um rubro botão em cada pomo
como duas cerejas sobre a areia...

Quando os tenho nas mãos... Quantas delícias!...
Arrepiam-se, trêmulos , sensuais,
e ao contato nervoso das carícias
tocam-me o peito como dois punhais!...

Meu lúbrico prazer sempre consolo
na carne destas ondas revoltadas,
que são como taças emborcadas
no moreno inebriante do teu colo...


J. G. de Araujo Jorge



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17 de mar. de 2016

Linda e Gostosa








O gosto da
tua pele
sal impregnado
em meus lábios
que me mata de
sede à beira 
da fonte dos teus
prazeres.
O teu gosto na minha boca
mel que sacia meus desejos
na hora derradeira do medo 
de te perder em meio aos lençóis.

O teu cheiro impregnado no meu corpo
perfume raro que nem a chuva
leva de mim




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13 de mar. de 2016

Seduza-me








Me seduza,
faz com seu jeito,
não consigo mais me ouvir
chega pra perto,
vem de novo
se ajeita em mim
no meu coração.

Tenho que cuidar de tudo
quero lentamente te seduzir,
levar e trazer paixões
fazer você sentir o meu calor
mesmo longe vai lembrar de tudo ou...

Quero que me seduza,
faça o que quiser, desde que me leve junto
coloque-me dentro de sua vida,
me faça sentir bem, ou melhor, sinta comigo.

Tenho que continuar,
sei que é pouco, mas é o caminho,
me seduza mais e mais
nada vem por acaso em nossa vida,
então me dê motivos
me entregue
me leve
apenas faça o seu gosto,
me ganhe, me seduza que fico seu.

Não fale mais nada...apenas seduza-me.



Caio Lucas


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Sonetos de Amor - XII








Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
Que antiga noite o homem toca com seus sentidos?

Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos
e dois corpos por um só mel derrotados.

Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia


Pablo Neruda


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Opia - Falling





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Fotografia








com olhos de vidro te observo 
de longe, focando devagar 
em tonalidades de negro te desejo 
de perto, iluminando o teu olhar

em objetiva te sonho com um toque suave dos dedos 
sem perspectiva te saboreio com um nomear quente de língua 
enquadro o teu corpo, capturo a tua alma 
desenho-te a cores quentes, em chamas, paixão 
para fotografar em preto e branco, ardente, tesão.



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Sinta o que abunda








Invada-me.
Deixa-me saber
de tuas funções.
Deixe-me aprovar
teu provar.
Quero-te todo
entregue a mim.
Sem medo, sem causa,
só o desejo
de se arder de amar.
Venha,
Pegue-me num abraço forte.
Faça-me mulher;
adorada, amada
e que tem muito a cuidar.
Veja-me
nua vestidamente
endeusada.
Meus seios
em veludo soutien
em sua maciez dobrada.
Segure-me pelas ancas,
mergulhe tuas mãos
em minha bunda.
Sinta o que abunda
o meu corpo
de desejos e frenesi.
Não te afastes de mim.
Ponha tua boca quente
em meu pescoço
e vá abaixando lentamente
até encontrar o mamilo
rosado de meu seio nú.
Deposites mil beijos ali.
Traga tua língua
e chupe-o com vagar
menosprezando a pressa.
Se deleitando em mim.
Sinta a textura e a forma
como te invadem a boca.
Um brinde seco
ao um doce beijo.
Segure-me na cintura.
Encontre teu corpo ali
bem próximo
ao meu púbis.
Veja que tem alturas
um monte macio e gostoso.
desnudo de pelos,
mas sedento de beijos.
Ponha tuas mãos com cuidado.
Perceba as entrãncias.
Corra os dedos nestas
e vagueie sem aonde dormir,
Note a viscosidade que já nasce.
O líquido que atualiza
O que provocas em mim.
Brinques de entrar.
Mas não me deixes na mão.
Só brinque
se suportar
entrar com ardor e paixão.
Procure por trás,
minhas formas volumosas.
A bola gostosa
das formas de minha bunda.
Aperte devagar,
percorrendo todo o território.
Sinta as entrâncias,
o aperto e a gostosura.
Abaixes minha calcinha
com a boca e os dentes.
Desça lentamente,
pelas coxas,
apalpando-me o ventre.
Ao chegar aos joelhos,
olhe para cima.
Veja os meus seios,
a forma de minha buceta,
as salièncias,
os extremos,
a volúpia,
a pele macia e quente.
Beije-me os joelhos
passando as mãos em meus tornozelos.
Assim fazendo,
penso que estás a começar tudo de novo.
Mais me atenta
e fico sem ar.
Quase a enlouquecer.
Meu olhar te devora.
Quero-te todo em mim.
Suba agora, deslizando essa língua
úmida e rígida desde as pernas
até as coxas.
Depois, em círculos vagarosos
e precisos
bisbilhote minha “xana”
Enfie e rasteje
toda ali sem frescura.
Chupe a fruta que não é manga,
mas doce como o  paraíso.
Sorva o meu queixume
sentindo toda a minha formosura.
Estenda os braços ao alto,
ponha as mãos em meus seios.
Enquanto chupa-me deliciosamente,
aperta-me com jeito,
estes seios
que desejam
serem pegos assim.
Já toda desconcentrada
não dou mais por mim.
Tu pega-me e compõe
uma música
sem acorde, tom,
ou pestana.
Faze-me um violão
onde tu tocas
de ouvido.
Eu gemo e grito.
Tu come-me
enquanto isso.
Amparando-me pelos quadris.
Desejos loucos e devassos
nos encobrem
de olhares curiosos
que queiram partilhar
de nosso gostoso momento.



Negra Noite


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9 de mar. de 2016

No teu corpo, meu amor!









Na busca pelo teu beijo
Em caminhos suaves  de chamas vivas,
Inflama a minh’alma translúcida
Em púrpuras horas de amor

Chuva de poesia  em notas multicor
Exala e perfuma desejo.
A meia luz contemplo teu amor
No mar do teu corpo, doce velejo

No beco da tua boca...
boca esculpida com delicadeza
Cantam versos  primaveris
Deste amor de rara beleza

Tatuar teu corpo no meu corpo
Em gozos, fluidos e fantasia
No fogo da tua presença insana
Na loucura da fervente alquimia

Em notas musicais versejando
Volúpias, devassidão e insensatez
Num olhar de loucura hipnótica
Me visto do teu gosto. Você se veste de mim.



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Íntima Poesia








Quero conhecer a cicatriz
Que marca seu corpo acima do joelho
Quero pesquisar suas histórias
Que estão registradas em cada um dos seus beijos.

Sou... Escravo do seu mel
Solto... No comprimento da corrente que me prendeu
Salvo... Pelos pecados gerados por nossos atos
Sangro leite, por esse corpo que não é só meu.

Vou morrer no seu colo
Verei seu prazer seu tormento
Viajo em cada curva existente
Vivo... Por desejar-te como meu último alento.

Entro em ti sempre que posso
Entoando um canto, uma magia
Entendo suas bocas, toda sua anatomia
Envolvo seu corpo meu
Em minha íntima poesia.


Emmanoel Gomes da Silva


©


8 de mar. de 2016

No teu corpo








Sinto o fluido do teu amor na pele
Num abraço sedento, quase desfalecido
Delírios, calafrios, ardência,
Sussurrando delicias no teu ouvido

No teu corpo sou fada, meretriz
Sedutora, seduzida, provocada, provocante
Prazer que transborda e emana ...
Do teu falo latejante...pulsante

Boca que te procura: ávida, louca
Entorpecida e dominante
Um gozo profundo prenuncia
Num vai e vem ofegante

Gemidos testemunhando
Toda loucura presente
Todo gozo que molha
Nosso encaixe indecente

Minhas entranhas atrevidas
De desejo e tesão escaldante
Provocam teu meio em riste
Sou fêmea no cio: provocante

Como flor se abrindo, me entrego
Insana, no teu corpo desfaleço
Em aventuras de louco encanto

A ti, me viro do avesso


Sensualle


©


Suite de Motel








Suíte de motel..
Santuário onde damos vazão
As nossas mais alucinantes fantasias
Sexo oral, anal, vaginal
Delírios, gemidos, sussurros
Risos, mordidas, lambidas e
Gozos alucinantes.
Tudo testemunhado por luzes negras,
espelhos, músicas, sauna, canal erótico
e roupas espalhadas pelo chão
Suíte de motel..
Palco do espetáculo a dois
Altar de grandes promessas
e juras de amor
Suíte de motel...
Cúmplice das nossas loucuras
Testemunha muda dos nossos
delírios de prazer
Protagonista da nossa intimidade
Expectador que se encanta e
Aplaude em silêncio
Todos os nossos delírios de amor.
Suite de motel...
parceira discreta de tudo
o que é feito em nome do amor!


Magno R. Almeida


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6 de mar. de 2016

Quer arriscar?







Por acaso você já percebeu a mulher que está do seu lado?
No olhar dela que falam mais que mil palavras?
nos carinhos que ela te dá?
no jeitinho doido que ela é?
na saudade que ela faz você sentir?
No jeito de sacanear você?
Nos apelidos que inventa?
Nos poemas que ela cria pra você?
De fazê-lo sorrir quando está estressado?
Ou apenas calar e te observar quando você está emocionado?
Que com uma simples palavra deixar teu dia mais bonito?
Como ela dá colo quando você se acha fraco?
Modo como ela diz que sentiu saudades de ti?
Você já deu valor para as crises de ciúmes mesmo quando ela tenta disfarçar?
Como ela briga e faz as pazes rapidamente?
O modo marrento com que as vezes se encontra?
Você já prestou atenção no jeito dela sorrir?
Que os olhos dela falam por si?
Na cara feia quando você pisa na bola ?
Ou o modo carinhoso que ela chama tua atenção?
Já percebeu no jeito que ela fala quando quer alguma coisa?
Quando pede algo, até um beijo que seja depois de um papo sério pra quebrar o gelo?
Na cara manhosa querendo um dengo?
Nos dias que está sensível, carente e pede nas entrelinhas que quer seu ombro?
Nas indiretas que são sempre tão diretas?
Na cara mais lavada querendo algo, mesmo sabendo que a resposta será não?
Por acaso você
Já tentou falar o quanto ela é importante?
que está irradiando sensualidade?
Ou que a roupa está muito decotada?
Já a surpreendeu com rosas?
Ou com um telefona dizendo Senti saudades?
Não...
Já parou então e viu que tem dias que conversam como amigos
E em outros se amam deliciosamente?
Já parou alguns minutos e viu que ela sempre te surpreende, quando menos espera?
Que adora deixar você curioso, sempre louco pra ver o que ela aprontou...?
Que gosta e aceita como você é?
Já reparou o quanto ela te faz bem?
Que as vezes é uma menina levada e nas outras uma amante?
Que sorrir com ela é gostoso que quando percebe já esta gargalhando?
Pensou nisso tudo que te disse?
Parou...
E refletiu?
Então, Você já supos que as vezes ela acha que te incomoda, que é chata, etc...quando você não a responde?
Que muitas vezes já a magoou...
A ignorou...
Que suas atitudes já a machucaram de verdade ...
Seus atos já feriram que você nem possa supor...
Que algumas palavras suas foram crueis...
Que talvez uma palavra sua pode deixar o dia dela mais alegre?
Já tentou dizer o quanto ela faz falta no seu dia a dia?
Já tentou agradá-la sem ela esperar?
Melhor ainda...
Você ja tentou viver sem ela?
sem a preocupação dela?
sem as reclamações e os blablabla dela?
Sem ouvir a risada dela?
Não?! então tente...
Tente ficar sem ela...
Por um instante...
Feche os olhos e imagine...
Porque só assim você vai parar pra pensar, dar valor...
prestar atenção nas coisas que sempre estiveram ao seu lado...
que você não viu, não percebeu!
Você pode estar prestes a perdê-la...
E quando perdê-la, vai sentir falta
daquele jeito todo especial que só ela tem.
Você vai perceber como ela tão importante e você pensava que não...
Que tal não perdê-la e
E sim amá-la muito?
Quer uma dica ?
Comece agora
Algo me diz que ela tá esperando...


Rosane Lima


©



Sugar e ser sugado pelo amor

   





Sugar e ser sugado pelo amor
no mesmo instante boca mil valente
o corpo dois em um o gozo pleno
que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar e ser chupado
no mesmo espasmo
é tudo boca, boca, boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.


Carlos Drummond de Andrade


©

Úmida








Úmida
Me deixas assim…
Me deixas úmida,
Arrepiada,
Esfomeada,
Querendo estar contigo 
sabendo do teu desejo.
Sinto tua boca nos meus seios, 
a roçar, a deslizar, 
Enlouquecendo-me… E devaneia…
Sinto tua língua em fogo, provocando meu desejo.
Desces pelo meu corpo, passeias por entremeios
Escorregas em minhas nádegas
E me descobres Mulher.
Encontras meu sexo úmido 
Sentes meu cheiro de fêmea 
que úmida, 
espera e acaricia tua entrada 
sem pensar em mais nada…
Quero-te inteiro, quero-te homem. 
Dono do meu gozo, do meu prazer. 
Aquele que me deixa… 
úmida…


GATALOBA


©


Insensatez







Eu navego
em ti
o desejo insano
que persegue
anos a fio.

Nas águas perigosas
do teu cio
eu me deixaria afogar
de vez.


Ademir A. Bacca


©

Posso








Posso te beijar a boca,
arrancar a tua roupa
e te tocar?

Posso te morder o pescoço,
explorar o teu corpo
e te acariciar?

Posso te botar de quatro,
apagar as luzes do quarto
e te Amar?

Posso demorar a noite toda...
te deixar completamente louca
de tanto gozar?

Posso?

Denis Correia


©


2 de mar. de 2016

Teu Corpo Solto







Teu corpo solto
Abandonado ao êxtase de estar
Tuas curvas
Tortuosas
Delirantes
São varridas pelo tecido
Que te envolve a pele
Que desliza em cantiga
Acalanto
Tua carne desnuda
Túrgida
Alva
Trêmula
Palpitar de fruta fresca
Teus olhos; iluminam o quarto
Tua boca tece o silêncio
Teus ouvidos segredam notas
Teus seios macios
Salientes
Calientes
Doces
Que minhas mãos envolvem
A descobrirem
Os róseos medalhões
Que tocam o céu
O céu de minha boca
Faminta
Sedenta
Tuas pernas
Colunas
Arco de flores
Roliças
Se abrem
Feito portais de mistérios
Intemporais
Leutos
Descerram
Imbecilizado vislumbro
Tua corbelha de flores
Flor de lótus
Pérola oculta
Tua Rosa que desabrocha
Tua flor que aflora
Beijo teus vermelhos lábios
Longamente
Vasculho essa mística boca
Entre doces pétalas
Dela
Extraio o néctar
Polinizo assim minha garganta
Mas o desejo
De cobri-la
De conquistá-la
Feito guerreiro
Só e derradeiro...
Numa fusão de corpos
de suor
de carne
de calor
Meu velo de couro
Devagar
Invade tua rubra taça
Tange
dilacera
deflora tua flor que aflora
Possui tuas entranhas
latente pulsa
Impulsa
Entre sussurros desconexos
E imagens a fins
Derramo o leite dos Deuses
E transbordo
Teu cálice de Amor.


Lui Bucallon


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Ah! esse homem








Ah! esse homem. Que me toca os seios,
Como um beija-flor toca, no jardim, as flores,
Arrepiá-me despertando antigos devaneios,
De mãos no meu corpo em longos passeios.

Ah! esse homem. Que me cobre de beijos,
Que deixa marcas denteadas nos meus braços,
Expõe minha anatomia nua sem segredos,
Como se fosse um quadro de célebre pintor, 

E a mira com olhos de sol coruscante,
Incendeia a tela com seu fogo sagrado,
Remexe a lava, no fundo, adormecida,
Do vulcão dos meus profundos desejos,

Fazendo explodir em mim a mulher plena,
A amante ardente de gestos delicados,
Que pouco se importa com os espinhos,
Para ser a dona dos seus carinhos.

Ah! Esse homem.


Maria Hilda de J. Alão


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1 de mar. de 2016

Felina







O que há entre ela e mim?
A busca incessante, a caça
Não saciar a "fome"
O prazer da procura
Da loucura
Do perigo iminente
Matar ou morrer

Felina, agressiva
Força na luta hostil
Na incerteza de vencer
Sabiamente recuar
Nunca fugir...

Altiva, feroz
Quando violentada, desafiada
Usa a malícia, a audácia
A perspicácia
Fere com suas garras cortantes
Matar ou morrer

Correr nos campos
Sentindo o cheiro da liberdade
Ritmo cadenciado
Com graça e beleza
Leveza de bailarina
Nobre rainha

Pantera misteriosa
Mansa menina
O suave toque do amor
Desarma a selvagem felina

Como mãe, doce ternura
Matrona imperiosa
Luta pra dar
Àqueles que não sabem lutar

Sensível fêmea-mulher
No aconchego do afago, do amasso...
Sonha com o mar, as estrelas, o luar
Doce menina
Sábia mulher.


Dulcimar


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