17 de fev. de 2016

Lamento do prazer









Onde está você meu homem,
Meu menino, meu lamento,
Minha canção de amor?
Saudade de nossas noites-dias
De fazer amor com você
Até o amanhecer...
Saudade de suas mãos em meu corpo
De sua boca me aquecendo....

Saudade dos passeios da sua língua
A explorar cada canto do meu corpo
Como se fosse o primeiro a ser descoberto
Como se fosse a primeira vez
Saudade de sentir seu gosto na minha boca
Saudade de sentir você dentro de mim,
Me enlouquecendo...
Me alucinando...
Sentindo você por inteiro...

Saudade de ouvir seus gemidos de prazer
Saudade do seu cheiro de homem
Quero você mais uma vez...
Quero sentir seu corpo
Quero sentir seu calor
Quero sentir seu prazer
Deixa eu te amar mais uma vez ?

Deixa minha boca te enlouquecer
Deixa minha língua passear pelo seu corpo
Deixa o meu corpo delirar de prazer
Te fazer meu homem
Ser tua fêmea
E delirar de prazer...
Sentindo você uma vez mais...
Apenas mais uma vez...
Saudade de você...


Vilgarte Larsen
Vilgata


©


Louco Desejo








Eu invento imagino, te desejo,
e viajo nas galáxias dos meus sonhos,
te quero co’um amor sincero e puro,
mas dentro do teu corpo que eu me ponho.

Quantas vezes te dispo, depois lambo,
vou dobrando as esquinas dos gemidos
e esgarças tuas coxas me ofertando
teu cheiro que me deixa enlouquecido.

É bom nadar em cima do teu corpo,
lamber o teu suor, beijar-te a boca...
virar co’a língua o sexo pelo avesso
pra ver o teu olhar de ninfa louca.

Mas é dentro de ti que eu me derreto,
nós dois num só nirvana de paixão
e enquanto descansamos nossa fome
te beijo com o olhar da solidão.

Eu sonho meu amor, sonho contigo,
dormindo ou acordado eu te reclamo
mas dentro da distância destes versos
eu tento demonstrar o quanto te amo.


Michel H. Baruki


©


13 de fev. de 2016

Pêlos








Macia selva que o teu corpo tapeteia.
Fina ramagem onde o toque se aveluda.
Vaivém de vento que penteia e despenteia.
Sensível manta que te cobre e te desnuda.

Pouso de face - a tua face - em minha face,
passando, aos poucos, a carinhos circulares.
Corta o silêncio abafadiço roçar: dá-se
a sinfonia dos murmúrios capilares.

Miro a penugem que recobre a tua orelha,
e os meus ouvidos, feito dedos, passam leves.
Cílio teus cílios, sobrancelho a sobrancelha,
e um humm e um ai e um ai
 e um humm sussurram breves.

Plumagens raras - tua nuca envolta em rama.
O meu pescoço quer o teu e tu mo encostas.
Tu te declinas à maneira de quem chama.
Nas mãos reversas sei da relva em tuas costas.

O que me é tátil à minha boca ora transfiro,
visto que assim, se sei do toque, sei do gosto.
E mais eu sei se pela boca te respiro,
pois menos sei qual do teu pêlo me é posto.

Pêlos que eu gosto: os que cercam teus mamilos,
onde em percursos labiais circunavego.
Tal o prazer tê-los assim, assim senti-los,
que a minha boca no teu seio às vezes nego.

Pêlos que eu amo: os da barriga, feito seta,
que a boca assanha indo e vindo ao teu umbigo.
Como uma onda, o teu quadril se me projeta,
surfo teu ventre e nos teus pêlos eu prossigo.

Pêlos que eu quero: os teus pêlos inguinais,
onde, bem sei, se me demoro, tu te adias.
Desses eu passo a outros pêlos, capitais,
e em tais arranho a minha barba de dois dias.


Antoniel Campos



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Seios e Anseios








Teus seios nus e ardentes 
São dois fatores moldados 
São duas frutas maduras 
São caminhos do pecado...
Quando os afago e beijo-os
Tremulam meus predicados 
Libidos floram prementes 
Nos desejos despertados... 
Amargo quando os esconde 
Nas dobras do teu vestido
Anseio logo tocá-los
Na ânsia dos meus sentidos.


Roberto Stavale



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12 de fev. de 2016

Deixa








Encosta tua cabeça no meu peito;
Deixa eu afagar teus finos cabelos!
Encosta tua boquinha na minha boca;
Deixa eu me molhar com a tua saliva.
Depois, deixa minhas mãos
Percorrer os aclives e declives
Do teu corpo.

Deixa eu odiar nossas roupas;
Deixa eu arrancar os botões
E, com eles,
também arrancar de nós
Um desejo insaciável
Dos nossos corpos.

Deixa a lua nos cobrir
Com o seu facho fúlgido.
Deixa o mar
Bramir curioso.
Deixa...


Rubenio Marcelo



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Seqüestro de amor







Que delícia estar com você,
sentir do seu amor,
as palavras não ferem,
& sinto sua pureza,
quero falar do sexo,
do tesão, de uma forma toda nossa,
que nos deixe imaginando as cenas...

Gosto de fazer amor escondido,
furtivo,
mas, dentro de você,
é um amor gostoso,
o gosto de pecado vem logo à boca,
junto os beijos,
abusados e cheios de tesão.

Quero o tempo e a liberdade,
olhos nos olhos,
daquele seu jeitinho,
como se me fizesse sonhar acordado,
é o que faço sempre que estou com você,
sonho tantas vezes e cada vez te quero mais...

Penso nestas cenas e de novo vejo nós dois,
no nosso jeito gostoso de fazer amor,
estou te esperando, vem...
Não imagina o quanto te desejo,
a ansiedade muitas vezes dói, fere, magoa,
não sei o que fazer...

Hoje quero ter alguém, juntinho a mim,
que me junte ao seu corpo,
que cole sua boca na minha num longo beijo,
te espero lá no nosso cantinho,
quero quase tudo que você me der,
disse quase, vou te arrancar o resto,
com carinho, claro.


Caio Lucas


©

11 de fev. de 2016

Nem dama nem vulgar, apenas Mulher








Já me decidi... 
Não me importa o que vestes 
Nem o que ostentas. 
Só quero vê teu decote 
Teu fricote 
Teu deboche 
A me provocar. 

Na sombra do teu corpo 
Vê tua transparência 
Tua aparência 
Tua experiência 
De seduzir. 
Meu carinho por ti 
É imenso 
É imerso 
É intenso 
É tudo que posso sentir. 

Sonho com a fenda do teu vestido 
Um rasgo de sensualidade 
Um trago de felicidade 
Prova da tua feminilidade 
No meu olhar curioso 
Desejoso 
Esperançoso... 
Cheio de malicia. 

Vivo-te nos meus versos 
Nas carícias tácteis 
Dispersas na tua pele 
Em desejos incontidos 
Nos sonhos adormecidos 
Eróticos coloridos 
Na magia do teu olhar. 

Afetuoso te espero 
Impetuoso me esmero 
Na sensual promessa tua 
De se expor em pêlo 
Provocante e linda 
Totalmente nua.



Daniel Fiuza

No Altar Do Teu Corpo







No altar de teu corpo
comungo do cálice do prazer doentio...
Exteriorizo fantasias luxuriosas
enfeitando com pétalas de fantasia

as calcinhas de rendas, suas sunguinhas,
meias taças em que tu bebes do vinho de Baco.
Dedos lépidos como os ventos de Zéfiro correndo pelas grutas do corpo teu
bocas que se mordem sugando a seiva da vida...

Quarto vermelho, fagueiro
um fogareiro de explosão e cor
música em surdina, que alucina esse vulcão...
que é o amor...

Dia após dia, tu vens me perseguindo,
vivendo nesse torpor de desejos
prazer encantador,
Vem meu amor, chegue logo
para realizar o ato! 

Desacate meu corpo, desate qualquer amarrio
dos laços lúgubres de pecado.
Faça desse instante de dor, de ais e gemidos
o momento do prazer maior.

Porque amor pra ser paixão,
tem que ser ferro e fogo
marcar o corpo
de tal maneira, que não se consiga esquecer o outro.

Depois,
que se lembre do beijo , da língua percorrendo grutas
nervuras, carícias...
Que a lembrança seja a chama constante
Que ilumina o altar do amor.



Margaret Pelicano


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10 de fev. de 2016

O Segredo da Noite








Neste instante já não sou nada, 
somente corpo, boca, pele, 
pêlos, línguas, bocas. 

E a vida brota da semente, 
dos poucos segundos de êxtase. 
Tuas mãos como um brinquedo 
passeiam pelo meu corpo. 

Não revelam segredos 
desvendam apenas o pudor do mundo, 
descobrem a febre dos animais. 
Então nos tornamos um 
ao mesmo tempo em que 
a escuridão explode em festa. 

A noite amanhece sem versos, 
com a música do seu hálito ofegante.
O sol brota de dentro de mim. 
Breves segundos. 
Por alguns instantes dispo-me do sofrimento. 

Eu fui feliz.



Cláudia Marczak


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Vem






Você só de calcinha se apertava em meu corpo
falava bobagem, dizendo coisas de querer fazer.
Abria minha roupa,
sentia todo o desejo em meu corpo
e sorria feito menina assanhada
brincando de brincar verdade.

e num ir e vir, louco de querer fazer mais.
lambia minha excitação.
Fazia da minha pele, desejos e sabores.
da minha carne, prazeres e pecados.
e engolia sem pudores e preconceitos
todo meu gemido mais forte.

depois me tirava a roupa
se deitava
sempre querendo muito
sempre pedindo mais
tocava meu corpo ansiosa
e como se fosse uma brincadeira de fazer amor.
sorrindo, dizia baixinho
–vem, vem mais…


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6 de fev. de 2016

Há Palavras que Nos Beijam






Há palavras que nos beijam 
Como se tivessem boca. 
Palavras de amor, de esperança, 
De imenso amor, de esperança louca. 

Palavras nuas que beijas 
Quando a noite perde o rosto; 
Palavras que se recusam 
Aos muros do teu desgosto. 

De repente coloridas 
Entre palavras sem cor, 
Esperadas inesperadas 
Como a poesia ou o amor. 

(O nome de quem se ama 
Letra a letra revelado 
No mármore distraído 
No papel abandonado) 

Palavras que nos transportam 
Aonde a noite é mais forte, 
Ao silêncio dos amantes 
Abraçados contra a morte. 

Alexandre O'Neill


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A uma mulher amada







Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.

Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.

Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo.


Safo


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3 de fev. de 2016

Teu







Adoro
As horas que perdes arrumando teus cabelos só para que eu os desarrume

Adoro
Tua boca lambuzada pelo batom após nossos sôfregos beijos apaixonados

Adoro
Teu olhar lascivo me penetrando o desejo, despertando-me a libido, pecado.

Adoro
Os arrepios que me provocas quando tocas minha alma com tuas mãos quentes.

Adoro
Teu gosto tatuado em minha boca, o som de tua voz ecoando em meu ouvido.

Adoro
Quando soltas meus bichos, me chamas de teu homem dizendo-me que me ama.

Adoro
Quando ilude-me com tuas inocentes mentiras, palavras soltas versos sem rima.

Adoro
Teu nome repetindo-se em minha mente qual musica renitente, loucura e poesia.

Adoro
Quando perco-me em teus caminhos buscando-me sem vontade de me encontrar

Es meu destino, oceano onde derramo minhas lagrimas, água de minha sede.
Musa de meus sonhos... Sou teu brinquedo... Minha menina...
...Mulher !

AlexSimas


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Primitivo






Cala-me com teu beijo
Invada-me com tua língua
Afoga-me em tua saliva...

Banha-me no suco de teu sexo
Me arranca da garganta o grito entalado
Concede-me o prazer da agonia do
Gozo lascivo...

Deixa-me possuir-te em frêmitos loucos
Entrega-te... O carinho espera
Mais tarde, depois de saciada a minha,
As nossas feras...

AtsoC ErdnaxelA



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Prazer e Vontade







Entra no meu corpo...

Nada de você sem mim ,

Nada de mim sem você...

Somos um...

Prazer e Vontade....

Sedução...

Teu calor em minha pele...

O gozo percorrendo nossos corpos suados 

Exaustos,

Sedentos de quero mais.



By Laura#Madama


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Por Uma Noite








Por uma noite eu quero,
Perder-me no teu ardor.
E até o nascer do dia
Deliciar-me com teu sabor.

Por uma noite eu quero,
Trocar beijos e carícias.
Unir corpos e mentes,
Sentir tuas delícias.

Na cama, no chão, no banheiro
Fazer amor sem ter medos.
Num corpo-a-corpo inteiro,
Desvendar os teus segredos.

Por uma noite eu quero
Em teus braços o sonho viver.
Por uma noite de amor
Até o amanhecer.


Marcos Woyames de Albuquerque


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1 de fev. de 2016

Morno Banho

  





Depois do morno banho
quero gotas de orvalho
nas minhas coxas descobertas...

Carinhos teus embeberão
o meu sexo apertado que deseja ser enxugado
pelos teus quentes lábios daquele jeito estreitado...

Quero recados nas tuas mãos
para as minhas pernas se abrirem
pois o morno do chuveiro fez meus lábios se exibirem...

Quero a cama amornada com o felpo estendido
para nele me deitar num sono fingido
e assim esperar o coco óleo pretendido...

Entretido quero ter-te com cada centímetro do meu corpo
com suaves massagens e toques libidinosos
que me vão inebriar o meu sexo por ti assistido...

E enquanto deslizas pelos meus poros adormecidos
com dedilhar inesperado mas sempre constante
vais fazer-me desejar teus dedos lascivos e penetrantes...

Quero aquela massagem sem sexo pedido
e sem na minha vulva tocares
seivas úmidas fazes dela brotar por tanto a provocares...

E quando o desejo for tremor
E quando o tremor for suor
E quando o suor for desespero...

Quero que me invadas desalmadamente
másculo meu, de erecto falo e imponente
e o coco óleo tornar-se-á leite que me abafará as entranhas
tornando assim o meu morno banho por fim completo.



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Brasas






Você me excita,
Deixa-me em brasas
Cada gesto teu me agita
Meu corpo é a tua casa.

De repente a boca quente
Revezando com os dentes
Deixando-me latejante
Com desejos ardentes.

Esta boca que vem me encontrar
Nem ao menos me avisa.
Acompanhada de um olhar
Que acende e me paralisa!

Fico esperando, o beijo.
Já não suporto esta lentidão.
Puxo seu corpo cheio de desejo
Junto ao meu cheio de paixão.

O movimento
O ritmo da paixão.
Dança do acasalamento?
"Cópula?" "Tesão?"
Nomeie o ato de amar como quiseres
O importante é o prazer
Sentir teu querer...
Sou com você,
A mais feliz das mulheres.

Joana Darc Brasil


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