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29 de out. de 2016
Mãos, toques, desejos
Aquelas mãos em toques eternos
em alguns minutos apenas horas se tornaram
Eternos movimentos das pontas dos dedos
Procuravam retorno desejado presente na pele...
Cúmplices, entrelaçados
Numa imagem sem nome, sem entendimento
Sem cobranças
Somente sentimento e desejo
Adoradora química
Dos lábios fortes em toques essenciais
Que nem o melhor de todos que já tive
Poderia imaginar...
Líria Bordinhão Dahlke
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27 de out. de 2016
Corponauta
Como se tuas mãos não fossem duas
E o meu corpo apenas o universo
Nos teus olhos flutuam outras luas
E a tua pele permeia os meus versos
Fosse a tua bunda o meu descanso
E o meu falo te servisse de guarida
O guerreiro, de voraz, iria manso
Se renderia, entregaria a própria vida
Que se espera, então, de fêmea e macho
Senão o orgasmo profundo e infiel
De amar mais o outro que a si?
Se entre tuas coxas eu me encaixo
É o teu gozo, purgatório, inferno e céu
Imortalidade que podemos possuir
Goulart Gomes
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26 de out. de 2016
Cerejas, meu amor
Cerejas, meu amor,
mas no teu corpo.
Que elas te percorram
por redondas.
E rolem para onde
possa eu buscá-las
lá onde a vida começa
e onde acaba
e onde todas as fomes
se concentram
no vermelho da carne
das cerejas...
Renata Pallottini
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25 de out. de 2016
Amor em azul e branco
Nuvens brancas
espumas flutuando os andes
Brancas geleiras
pinceladas impressionistas
descendo sobre os cimos
do Ozorno
Branco em flor
campo de margaridas
ondulando ao vento
Branco-amor
esvoaça em lençóis e cortinas
desnudando os corpos no quarto
róseos, ardentes, úmidos e ungidos
Branco enevoado do ar
em cheiro de sêmen-vida
do encontro que exala
e enche a casa
perfuma a brisa e se espalha
por entre as ondas suaves
do marinho Pacífico,
ornando a cena, túrgido e cingido
ao azul celeste da Terra em cio.
Virgínia Schall
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24 de out. de 2016
Prazer
Não sei o que é mais gostoso:
E expectativa e a ansiedade
da ante-véspera do amor,
O colorido e o abandono
do momento cósmico do orgasmo
ou a lassidão e os espasmos de prazer
no repouso de teus braços.
José Eduardo Mendes Camargo
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23 de out. de 2016
Meu brinquedo
Você quer me algemar?
Me desnudar
Me cobrir
Com beijos
Em seu olhar
Faíscam desejos
Quero te amar
Sem medo
Quero ser
Seu brinquedo
Quero te ver
Me desvendando
Me fudendo
Com amor
Estou nua
Te dizendo
Sem pudor
Me possua
Me ame sem medo
E seja meu brinquedo
Liz Christine
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22 de out. de 2016
Um susto de homem me atropelou
Um susto de homem me atropelou.
Que surpresa!
Tinha no peito um ninho
Gosto de canela e vinho
E eu tive até pudor!
Príncipe encantado tarado
Mais calor que um reator.
Profético trepântico,
Libertou minha energia
Foi em cósmica orgia
Que a gente namorou.
Débora Duarte
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20 de out. de 2016
Fronteira
Por sobre a dobra viva
do teu colo
caminha e desliza
meu furor cadenciado,
frenesi ofegante de sussurros
fragmentados,
jactando-se em magma de um prazer
escandinavo
frente à nobreza daqueles países
baixos.
Linha divisória entre e a realidade
o imaginário,
curvo-me à onipresença
dos teus seios fartos,
enquanto procuro o fôlego
disperso, enredado,
preso em teus lábios
silenciosos.
A visão do paraíso
escancara meu sorriso
devasso, efêmero
- duração eterna de segundos
preciosos.
Flávio Villa-Lobos
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19 de out. de 2016
A pele e o vento
Quando a madrugada vem
e o Vento sopra
a pele em poesia desabrocha
dizendo nua os versos de
arrepios.
E se o Vento sopra sussurrante
como uma brisa morna estremecendo
os pêlos
a Pele, que é poesia,
mergulha em desvarios
e canta para a lua seus versos
de delírios
e espera suplicante o toque
redentor.
(até que o vento, em sopros
de amor
se deita sobre a Pele
e suas mãos segura.)
então a Pele, agora em loucura
sente os cabelos longos do Vento
lhe fazerem cócegas; ouve os
sussurros do Vento em suas costas
sente sobre si o peso do desejo
e cândida, rende-se;
lânguida, deita-se;
ávida, molha-se;
sente nas costas o peso
do Vento
e treme;
agita-se;
inunda-se;
e sonha;
tem dentro de si o corpo
do Vento
e tranca-se;
e move-se;
e geme;
e goza
(grávida, imensa, grata, plena);
quando a madrugada vem
e o Vento sopra
a Pele em poesia desabrocha
e a vida inteira fica
diferente.
Nálu Nogueira
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18 de out. de 2016
Mulher
Não quero uma mulher
Que seja gorda ou magra
Ou alta ou baixa
Ou isto e aquilo.
Não quero uma mulher
Mas sim um porto, uma esquina
Onde virar a vida e olhá-la
De dentro para fora.
Não espero uma mulher
Mas um barco que me navegue
Uma tempestade que me aflija
Uma sensualidade que me altere
Uma serenidade que me nine.
Não sonho uma mulher
Mas um grito de prazer
Saindo da boca pendurada
No rosto emoldurado
No corpo que se apoie
Nas pernas que me abracem.
Não sonho nem espero
Nem quero uma mulher
Mas exijo aos meus devaneios
Que encontrem a única
Que quero sonho e espero
Não uma, mas ela.
E sei onde se esconde
E conheço-lhe as senhas
Que a definem. O sexo
Ardente, a volúpia estridente
A carência do espasmo
O Amor com o dedo no gatilho.
Só quero essa mulher
Com todos seus desertos
Onde descansar a minha pele
Exausta e a minha boca sedenta
E a minha vontade faminta
E a minha urgência aflita
E a minha lágrima austera
E a minha ternura eloquente.
Sim, essa mulher que me excite
Os vinte e nove sentidos
A única a saber
O que dizer
Como fazer
Quando parar
Onde Esperar.
Essa a mulher que espero
E não espero
Que quero e não quero
Essa mulherportoesquina
Que desejo e não desejo
Que outro a tenha.
Que seja alta ou baixa
Isto ou aquilo
Mas que seja ela
Aquela que seja minha
E eu seja dela
Que seja eu e ela
Euela eu lá nela
Que sejamos ela.
E eu então terei encontrado
A mulher que não procuro
O barco, a esquina, Você.
Sim, você, que espreita
Do outro lado da esquina, no cais,
A chegada do marinheiro
Como quem apenas me espera.
Então nos amarraremos sem vergonha
À luz dos holofotes dos teus olhos,
E procriaremos gritos e gemidos
Que iluminarão todas as esquinas.
Será o momento de dizer
Achei/achamos amei/amamos
E por primeira vez vocalizar o
Somos, pluralizando-nos
Na emoção do encontro.
Essa a mulher
que não procuro
nem espero.
Você, viu? Você!
Bruno Kampel
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12 de out. de 2016
11 de out. de 2016
Me fez atrevida, Me fez bandida
Apaga minha fogueira
Desça minhas ruas
Procure-me, me encontre e me encante
Explores meus vales, becos, picos e cume
Não há perigo em chegar
Não sou metade, não sou pedaço...sou inteira
Moleca sapeca, menina faceira
Rola comigo na cama, incendeia
Você ressurge como lobo faminto
E na fonte da adolescência madura
O sonho acontece!
Sinto-te além do olhar
Sangro tua pele com minhas garras
Cravo os dentes no teu peito
Tua mão invade...
Estou oferecida, estou safada
No teu corpo, virei bandida
Todos os delitos quero cometer
Amar, beijar, sugar, entrar
Desbravar ...sentir....gozar
teu corpo tatuar
E novamente voltar
Sensualle
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10 de out. de 2016
A tarada num carro
Eu não minto
Eu invento
E se tomo vinho tinto
Logo me esquento!
Quando sinto,
Eu tento.
Percorro o labirinto,
Busco o vento.
Arranco o teu cinto,
Deixo-te sedento
Aí vejo o teu pinto
E sento!
Ana C. Pozza
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9 de out. de 2016
7 de out. de 2016
Após o banho, nua
Após o banho, nua
ainda, o corpo úmido
ao meu encontro, visão,
relembro, cálido êxtase,
os seios entrevistos
no decote frouxo, agora, nua,
toalha molhando-se, ressurgem
após o banho,
fremindo, suave embalo, avidez
de língua e mãos, nua, vens,
perfume, sulcos na pele,
ansiada espera, curvas, a entrega
ao meu olhar, bocas, rosa
túmida, pétala, sucção, espuma,
resplandeces para mim, nua,
após o banho.
Fernando Py
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5 de out. de 2016
4 de out. de 2016
Tirando a roupa
Gosto de tirar a roupa
E sentir o teu caralho duro
Enchendo de prazer a minha boca
Deixando-me louca de tesão
Enquanto vou sendo beijada com sofreguidão...
Gosto de tirar a roupa
Virar-me de costas
E oferecer-me por inteiro
Pedindo sorrateira
A tua entrada no meu traseiro.
Gosto de tirar a roupa
E me sentir lambuzada
Inteiramente desejada
Pronta para comer
E ser comida...
Gosto de tirar a roupa
Abrir as minhas pernas
E ficar te sacaneando
Oferecendo a minha vagina quente
Cheia de vontade de ficar molhada.
Gosto de tirar a roupa
E me sentir uma puta
Pronta para ser abusada
Penetrada, amada
Tonta de tesão e dor.
Gosto de tirar a roupa
E sentir as tuas mãos me envolvendo
O teu dedo no meu cuzinho
A tua língua na minha pombinha
E a minha boca no teu pau.
Gosto de tirar a roupa
E de gritar como uma maluca
Com o prazer doidivanas
Que tu provocas no meu corpo
Quando entra em mim ereto.
Gosto de tirar a roupa
E ser obscena
Ser a tua pequena
Ser a tua tarada
Sempre pronta para tirar a roupa...
Ana C. Pozza
©
3 de out. de 2016
Calor intenso
Num dia de calor intenso
A minha sede era muita
Meti a boca à torneira
Ligaste no meu botão
E eis que bebi da mangueira
O elixir do tesão
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2 de out. de 2016
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