27 de out. de 2016

Corponauta












Como se tuas mãos não fossem duas
E o meu corpo apenas o universo
Nos teus olhos flutuam outras luas
E a tua pele permeia os meus versos

Fosse a tua bunda o meu descanso
E o meu falo te servisse de guarida
O guerreiro, de voraz, iria manso
Se renderia, entregaria a própria vida

Que se espera, então, de fêmea e macho
Senão o orgasmo profundo e infiel
De amar mais o outro que a si?

Se entre tuas coxas eu me encaixo
É o teu gozo, purgatório, inferno e céu
Imortalidade que podemos possuir




Goulart Gomes




©










Nenhum comentário:

Postar um comentário

:a   :b   :c   :d   :e   :f   :g   :h   :i   :j   :k   :l   :m   :n   :o   :p