©
30 de jul. de 2016
29 de jul. de 2016
Que me venha esse homem
Que me venha esse homem
Depois de alguma chuva
Que me prenda de tarde
Em sua teia de veludo
Que me fira com os olhos
E me penetre em tudo.
Que me venha esse homem
De músculos exatos
Com um desejo agreste
Com um cheiro de mato
Que me prenda de noite
Em sua rede de braços.
Que me venha com força
Com gosto de desbravar
Que me faça de mata
Pra percorrer devagar
Que me faça de rio
Pra se deixar naufragar.
Que me salve esse homem
Com sua febre de fogo
Que me prenda no espaço
De seu passo mais louco
Que me venha esse homem.
Que me arranque do sono
Que me venha esse homem
Que me machuque um pouco.
Bruna Lombardi
©
28 de jul. de 2016
Vem
Quero, em seu ouvido,
sussurrar tudo que é você: doçura, veneno, prazer...
Mostrar o arrepio do meu corpo
quando encosta nos seus contornos
- adornos, becos, -
e, com minha boca, roçar na sua,
alimentando seu ego
e assanhando sua vontade.
Provocar você a ponto
de se prender aos meus toques.
Com minhas mãos conhecer
seus pêlos, relvas e tudo mais
que sua pele destila.
E "beber da fonte"
o que transcende a mim...
Márcia Silvino
©
26 de jul. de 2016
Luxúria
Quero descobrir
Teu corpo, teu suor
Percorrendo, correndo
Sem pressa os instintos.
Deixar mãos
Colarem pernas
Marcarem seios
Rasgarem bocas.
Quero tua descoberta
Feita em meu corpo
Na luxúria nossa de cada dia.
Paulo Mont'Alverne
©
Ao espelho
Em frente ao espelho, nudez total,
cabelos molhados, despenteados,
cheiro de flor, poema e sexo;
seios redondos já excitados,
o vento frio beijando pêlos,
afagando desejos: o meu, e o dele...
Rosa Clement
©
24 de jul. de 2016
Amor Sem Pudor
Quando amo, sou totalmente devassa!
Sou capaz de ficar nua, desfilando a tua frente bem provocante, e do jeito que mais te encante, mesmo não sendo oportuno o momento presente!
Tu imploras: "Por favor, não me tentes, preciso ir pro batente"
É claro que ignoro os teus apelos solenemente, e me faço ainda mais presente!
O sangue ferve, fico quente, quanto mais eu te atormente...
Descaradamente, exibo os bicos do peito, já dormentes, pelo desejo latente!
Aliso o corpo bem displicente, a cada instante fico mais indecente, mas, sempre simulando ares de inocente...
Até que totalmente possuído e consumido pelos mais sórdidos desejos da paixão, dominado completamente pelo tesão, e com o falo já em total ereção... tu cedes, me agarras, e me possuis sem a menor decência!
Abandonada e jogada em teus braços, sorrio e penso:
Se há amor, às favas com o pudor!
Helô Müller
©
Tentação
Não me tente, ó menina,
Com essa beleza divina
Que me mostra, quase nua...
Não me tente, que enlouqueço,
E dos pudores esqueço,
Ante o que me insinua...
Há tempos que a desejo,
Sonho doido com seu beijo,
Sua boca de sedução...
E agora a vejo assim,
Projetar-se sobre mim,
Com tanta provocação...
Se me tenta, desejosa,
Qual uma gata manhosa,
Com tanta desfaçatez,
Vou deitá-la sobre a relva
E qual as feras na selva,
Possuí-la de uma vez!
Piero Valmart
©
18 de jul. de 2016
13 de jul. de 2016
Canto de nudez
Dá-me tua nudez,
Tua nudez úmida
Outorgada em pêlos e dobras,
Nas dobras desfeitas
De dez e mil lençóis
Dá-me tua nudez,
Tua nudez traçada,
Declarada em gotas e curvas,
Nas vidas desfeitas
Por uma ou tantas canções.
Dá-me tua nudez,
Tua nudez rasgada,
Marcada em veias e carnes,
Nos pactos esquecidos
De todas e outras juras.
Dá-me tua nudez,
Tua nudez faminta,
Destrancada de almas e corpos,
Nos sonhos destruídos
De meus e teus desejos.
Paulo Mont’Alverne
©
11 de jul. de 2016
Amor - pois que é palavra essencial
Amor – pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.
Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?
O corpo noutro corpo entrelaçado,
fundido, dissolvido, volta à origem
dos seres, que Platão viu completados:
é um, perfeito em dois; são dois em um.
Integração na cama ou já no cosmo?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?
Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
a fonte, o fogo, o mel se concentraram.
Vai a penetração rompendo nuvens
e devassando sóis tão fulgurantes
que nunca a vista humana os suportara,
mas, varado de luz, o coito segue.
E prossegue e se espraia de tal sorte
que, além de nós, além da própria vida,
como ativa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando.
E num sofrer de gozo entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax:
é quando o amor morre de amor, divino.
Quantas vezes morremos um no outro,
no úmido subterrâneo da vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.
Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre.
Carlos Drummond de Andrade
©
10 de jul. de 2016
Corpo
Corpo, templo secreto de desejos impuros,
caminhos de fibra e sangue que ferve,
como um grito diante da cruz coberta,
virgem minha, ainda que mulher mundana.
Ouço pedidos impróprios dos seus desejos,
luzes que caminham lento sob sua pele
como se gritassem por outra,
desenhando prazeres em prata e ouro.
O céu é como abóbada da catedral amarela,
feito sonhos de uma festa das mil noites,
onde véus voam dos corpos até o nu,
os risos não passam da boca e chegam aos sexos.
Erga sua taça com a felicidade que provoca o amor,
solte o corpo e as vestes que cobrem sua vergonha,
deixe a vida passar diante dos meus olhos,
quebra a imagem do ontem e faz o amanhã de paixão.
Caio Lucas
©
Mademoiselle furta cor
Por esta fresta te espreito
Por esta fresta te desvendo
Por esta fresta
cravo
sonda contra esponja,
e babo
e te penetro
teso e reto, e por inteiro
o seu corpo se entreabre:
porta e perna, caixa e coxa.
Por esta fenda
tenda
de pele que se franze,
e rasga
eu me adentro
feito de espera e de esperma:
e espremo - te aperto - e exprimo
toda a cor da carne do amor que escrevo.
Por esta fresta me espreito
Por esta fenda me desvendo
Armando Freitas Filho
©
7 de jul. de 2016
Êxtase
Uma brisa tocava seu rosto
Via você me olhando e pedindo
Com aquele rostinho de eu quero
Com aquele jeito provocante
Um desejo nascia naquele momento
Cheguei de mansinho por trás de você
E com segundas intenções
Passei a mão em teus seios
Meu corpo tremeu como se um vulcão
explodisse dentro de mim
Encostei minha boca em sua nuca
e beijei aquela pele quente
Minhas mãos tiravam sua blusa
e deixavam parte de seu corpo à mostra
Passei minha língua nas pontas de teus seios
Sugava-os desejando teu néctar de fêmea
Ouvia teus gemidos
e sentia um tesão me invadindo
Continuava brincando com teus seios
como uma criança insatisfeita
Desejava perpetuar este momento,
desfrutar de teu corpo
Sentei na cadeira ao lado
e te trouxe para meu colo
Sentaste de frente para mim,
deixando nossos sexos colados
Separados apenas pelas nossas roupas íntimas
Tua boca inquieta contornava a minha boca,
procurando alguma coisa...
Nossos corpos não paravam
e um ritmo alucinado aumentava nosso tesão
Deixava sua boca comandar nosso show
Atrevida,
percorria meu corpo indócil e impaciente
Agora tua língua percorria meu peito
e sentia tua boca me mordendo
Percorria minha barriga ate chegar em meu sexo
Sentia tua boca beijando-o,
suave e vagarosamente
Às vezes você o colocava em sua boca,
como a experimentar seu sabor
Deixava-o molhado e teso
como nunca o fizera antes
Passava tuas mãos entre suas pernas
e molhava seus dedos,
colocando-os em minha boca
para sentir o gosto de teu sexo
Sentia-me alucinado
e desejava te possuir a qualquer custo
Mas você não tinha pressa
E como a me provocar mordiscava minhas coxas
deixando suas marcas em meu corpo
Deitaste no chão
e com os braços abertos me chamava
Minha boca alucinada
e perdida nas trocas de beijos
Procurava então teu sexo e
experimentava teu gosto
Suguei teu néctar
e beijei teu sexo para ouvir seus gemidos
Agora era eu que não tinha pressa
Desejava ficar ali beijando teu sexo
até que minha boca parasse
Ouvia você pedindo para continuar
brincando com você
Beijei tuas coxas para te ouvir gemendo
Mas o tesão era demais e não mais suportava
E num gesto louco e alucinado
te penetrei lentamente
Ouvia você dizendo que me queria todo,
que me amava e que era só minha
Tirava e colocava meu membro em teu sexo
vagarosamente
Experimentávamos outras posições,
preocupados em dar o máximo prazer ao outro
Eu te desejava
e você me chamava com seu trejeito carinhoso
Sentíamos assim o prazer percorrer nossos corpos
Não desejava gozar naquele momento
Desejava apenas te possuir
como uma loba faminta
Sentir meu membro percorrendo teu sexo
Me embriagar deste momento
Mas não suportávamos mais de tesão
E numa loucura de desejos ouvi seu gemido
Sentia você gozando gostoso como nunca
E naquele vai e vem
sentia chegando minha hora
de molhar teu sexo já todo úmido
Gozei como nunca o fizera
Sentia o mundo cair sobre mim
Um cansaço gostoso invadia nossos corpos,
agora exaustos
Puxei você para os meus braços
e um beijo terminou nossa linda aventura
Transformando em uma
as almas que se tocaram.
Eduardo Baqueiro
©
©
6 de jul. de 2016
Entrega...
Teu chegar tem um jeito diferente de ousar
Teu cheiro tem o perfume doce do pecado
De rosas acesas no fogo de novas estrelas
Que o vento da noite espalha em meu quarto.
Faz-te menina quando brincas com o espelho
Faceira, me arrancas inconfessáveis desejos...
Tens no caminhar a coreografia de um rito
Como a invocar deuses perdidos...
Teu corpo solto de curvas tortuosas serpenteia
Por entre meus febris delírios, loucas fantasias.
Mulher de insondável mistério, tua nudez me
Incendeia o olhar, inunda minha boca...
Animal-homem propriedade tua, pele marcada
Dentes e unhas, lobo perdido em noites sem lua.
São teus meus versos, meu corpo, minha alma...
...A ti peço apenas que me possua.
AlexSimas
©
5 de jul. de 2016
Momento de Tesão
Na penumbra de nosso quarto,
A meia luz e muito calor,
Em teu corpo, de prazer, me farto,
E me entrego sem pudor.
Nossa cama desarrumada,
Nos lençóis amarrotados,
Marcas da tesão derramada,
Por nossos corpos excitados.
Nos lençóis amarrotados,
Marcas da tesão derramada,
Por nossos corpos excitados.
Taças de vinho sob o chão,
A embriaguez em nossas mentes,
Ora pelo álcool, ora pela paixão,
Feitos amantes adolescentes.
A embriaguez em nossas mentes,
Ora pelo álcool, ora pela paixão,
Feitos amantes adolescentes.
Nossos corpos extasiados,
Pelo prazer do ato carnal,
Jazem lado a lado deitados,
Relembrando o momento divinal.
Pelo prazer do ato carnal,
Jazem lado a lado deitados,
Relembrando o momento divinal.
Spanish
©
A Arte do Sexo
O tempo corre em ventos mornos, tépidos,
onde vozes se misturam
entrecortadas por gemidos lépidos,
gargantas sedentas, bocas descontroladas, desvairadas,
o recato esvai-se numa explosão de vontades,
a sensibilidade aflora, o corpo implora, chora,
o cheiro da pele recende, acende o reflexo,
da entrega cega, no ato do sexo,
mãos que buscam, procuram no doce toque febril,
descobrir o desejo, que cresce a cada beijo,
lascivo, criativo, imperativo,
em ardente volúpia nada sutil;
Cabelo em desalinho, respirações ofegantes,
na cama respinga o suor da irresistível sensação,
molhando os lençóis com gotículas da paixão,
emoção que flutua em delírio,
nada mais existe nesta hora,
a libido grita: AGORA! AGORA!
e vem a pura liberdade absoluta, resoluta,
na contração do prazer, de breves eternos segundos,
o corpo vibra, estremece, o íntimo aquece,
os sentidos aguçados, permeiam outros mundos,
abandonando dois corpos em pleno torpor;
O universo pára pra ver,
as estrelas que descem, cintilantes, amantes,
devassando, invadindo o escuro, a penumbra
onde olhares perdidos, vagueiam, ainda, acesos de amor,
corpos cansados, afogueados, ora saciados,
no desenlace desse êxtase que fascina e deslumbra;
Assim entre gemidos excitantes, sem nexo,
o côncavo deliciou o convexo, com ousadia
na frenética poesia da arte do sexo.
©
4 de jul. de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)