31 de dez. de 2015

Selvagens Criaturas






Quando os meus dedos percorrem os teus lábios, docemente
Quando os teus lábios comprimem os meus, selvagemente
Quando mergulho meus olhos no abismo do teu olhar
Quando me afrontas com malícia, a me arrebatar
Quando abro a tua camisa com sofreguidão
Quando ergues meu vestido, em erupção
Quando as marcas rubras de hoje, amanhã são roxas
Quando mortos de desejo, entrelaçamos as nossas coxas
Quando somos um, rolando pela cama atarracados
Quando nossos corpos estremecem de prazer, convulsionados
Quando a tua seiva, com a minha se mistura
Somos nesta hora macho e fêmea , selvagens criaturas,
Ou deuses, no cumprimento da lei mais pura !!!



Fátima Irene Pinto


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Numa noite fria de verão paulistano..





Nessa bela noite fria e calada...
Chuva cai, o tempo parece parado
E, eu sinto saudades dos teus seios rosados!


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30 de dez. de 2015

Teus Seios






Teus seios são
sedimentos de amor
soltos mas, encobertos dessa
sensualidade que aflora em teus decotes.

Suave delinear no teu corpo nu
Nesse vaso inundado de tanta beleza
Sensibilidade aflorada neste meu toque
Fazendo brotar os mais profundos de teus desejos.

O que queima cada vez mais
Com seus bicos entre meus dedos
Complementado pelos teus beijos
E saciar o nosso prazer.

Dê alegra ao meu ser
Para amar-te intensamente
Sabendo que para o resto da vida posso te ter.
Teus seios são o  início o meio e fim do prazer...


Mauricio Moretti Barreto


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Borboletas Acariciantes







É madrugada.
De repente começo a sentir sensações 
Percorrendo todo meu corpo,
Como ondas que vem rolando... crescendo...

Sinto meus seios intumescidos;
Toques suaves como borboletas
em seu pouso sobre flores
Percorrem minha pele.

Um calor morno e gostoso
Toma conta de meus sentidos.
Não sei se estou sonhando,
Mas tudo parece real.

Sinto-me sendo acariciada e
Deste carinho vai nascendo sensações
Que explodem em cores, luzes...
Envolvendo-me num sobe e desce.

Já não sou mais eu,
Sim um turbilhão de prazer,
Que me leva até o momento
Onde me vejo acordada e pensando...

Foi sonho? Ou realmente fui tomada,
Possuída até o êxtase,
Somente pelas carícias 
De uma borboleta de sonho.


Hannah M.


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29 de dez. de 2015

Minha Boca...Sua Boca





Minha Boca ...Sua Boca...
Uma Entranha...Um Prazer.
Sua Mão na Minha Coxa
Minha Boca em Você.
Rola, Rebola, Roça.
Entra Sai e Volta.
Molhados, Suados, Melados.
Querendo mais Prazer!
De novo Roçando,
Roçando, Tocando.
Lambendo, Chupando.
Gemendo, Gritando
Sentindo o Prazer.
Meu Corpo...Seu Corpo.
Melados...Molhados...
Inertes...
Depois do Prazer!


Amy*


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Desejo 2




Meu corpo pede teu corpo
E pede com tanta avidez
Que só de pensar-me em teus braços
Estremeço, vibro, enlouqueço de vez...

Meu corpo pede teu corpo
E no simples toque de nossas mãos
Sinto arrepios, solto faíscas
Na exata medida da minha atração...

Meu corpo pede teu corpo
Meus lábios se abrem para os beijos teus
São toques, mordidas, suaves, vorazes
Teus lábios que sugam e devoram os meus...

Meu corpo pede teu corpo
Me aninho por inteira no teu peito
Me enrosco, me encosto, me aperto, me achego
Te quero, te puxo, te sinto, te estreito...

Meu corpo pede teu corpo
São agora carícias atrevidas, sem pudor
São mãos que exploram ensandecidas
Nossos corpos que se entregam por amor...

Meu corpo pede teu corpo
Olhos nos olhos, fixos, perplexos, comovidos
Reluzem, brilham, explodem, espelham
Expressam toda a fúria dos desejos reprimidos...

Meu corpo pede teu corpo
E então estamos na mesma louca sintonia
Pulsando, vibrando, gritando de prazer
Em movimentos cósmicos, na mais completa alegria...

Estás assim dentro de mim, estou em ti
Num leito imaginário, em algum ponto do infinito
E tão grande, tão intenso nosso amor
Que o universo conspira silencioso ante nossos gritos...



Fátima Irene Pinto


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27 de dez. de 2015

Shakes Milano - Awake (Sensual Deep)




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Conto de Natal





É Natal, época especial do ano, onde as pessoas lembram-se de que vivemos em sociedade e promovem a confraternização uns aos outros. Para outros, uma data muito religiosa, considerada o dia de nascimento de Cristo, o filho de Deus. Mas para alguns não passa de um feriado cuja única vantagem é os presentes e papais-noéis.

Lojas e shoppings centers lotam nessa época do ano. Pessoas desesperadas gastando todo seu sofrível décimo terceiro em presentes para pessoas que gostam. Anita é uma típica garota em que Natal é sinônimo de compras. Adora o clima natalino, todos aqueles enfeites, as músicas e shopping.
Era noite de segunda feira, e Anita resolveu ir ao shopping para comprar presentes para seus pais, namorado e irmãos. Como de costume, a garota andou por todo shopping, vasculhando e pechinchando, cada produto de cada loja possível. Depois caminhando próximo a praça principal, avistou um papai-noel, onde crianças desesperadas tiravam fotos e abraçavam aquela figura natalina. Ela ficou ali, observando, e logo viu que não se tratava de um senhor de idade, mas um homem aparentemente novo, tentando ganhar um extra. Ele por sua vez viu aquela moça, bonita o observando e resolveu retribuir a atenção dada. Ela espantada virou-se e foi embora em direção ao estacionamento.
Eram tantas compras, que ficou longos minutos organizando e colocando tudo a bordo em seu carro. Daí levou um susto ao ver um reflexo de um homem todo de vermelho vindo em direção a ela. Virou-se para traz, e viu que era o mesmo papai-noel que observava há poucos minutos. Ele se dirigia a seu carro, que estava estacionado próximo ao dela.

Os dois enquanto se ajeitavam em seus respectivos carros, começaram a se olhar mais uma vez. Anita ficou completamente sem graça e embaraçada com a situação. Até que ele, não aguentou, saiu de seu carro e caminhou até ela, e debruçando-se na janela dela, perguntou a ela, o porquê que o olhava tanto. Ela, nervosa, respondeu gaguejando, que não sabia do que ele estava falando. Ele então, ignorando completamente a resposta da moça pediu para que ela seguisse seu carro. Então ele saiu, e ela, mesmo nervosa com tudo o que estava acontecendo seguiu o carro dele. Durante o percurso imagens de seu namorado vieram em sua mente, mas ao invés de deixá-la mal, fazia tudo ficar ainda mais excitante.
Logo ela percebeu que o destino escolhido pelo misterioso papai-noel na verdade era um motel. Ela então parou seu carro uma rua antes da entrada do motel, ele deu a volta, parou ao lado dela, e pediu para que ela descesse de seu carro e entrasse no dele. Mesmo sabendo da arte que estava cometendo, Anita fez exatamente isso. Então os dois seguiram rumo ao motel. Chegando lá, ele quis tirar sua fantasia de papai-noel, mas Anita pediu para que ele mantivesse a fantasia, principalmente a barba. Ele sorriu, caminhou em direção a ela, e começou a beijá-la. Os dois se beijavam ardentemente, suas mãos deslizavam sobre o corpo um do outro, e a moça logo percebeu que o misterioso velhinho natalino era na verdade um homem forte. Ele então a deitou na cama subiu por cima dela e começou a beijá-la enquanto despia seu corpo. Deixando a apenas de lingerie. Ele tirou sua roupa de papai-noel e ficou apenas com a barba e o chapeuzinho típico do traje, revelando seu corpo forte, com braços grossos e mãos pesadas. Ele começou a beijar e acariciar os pequenos e delicados seios da moça, enquanto tirava a calcinha dela. Ela gemia ao sentir aquele homem enorme sobre ela, roçando em seu corpo. Imediatamente, o misterioso bom velhinho, introduziu dois de seus dedos na vagina da moça, que já estava bastante lubrificada tamanha sua excitação.

Logo depois ele começou a fazer sexo oral na moça, lambendo toda sua xoxota, ao mesmo tempo em que a explorava com seus dedos grossos. Em seguida, ele ficou em pé, ela sentada, e mandou que ela chupasse seu pênis. Assim ela fez, lambendo e engolindo completamente aquele membro masculino que estava a sua disposição. Em seguida, ele a deitou novamente com as pernas para cima, e começou a esfregar seu pênis na entrada de sua vagina, pincelando e a chamando de nomes impronunciáveis. Ela adorava tudo aquilo, gemendo, e mandando que ele a arrebentasse toda, revelando seu lado mais selvagem, até então desconhecido por ela própria. Ele então enfiou o pau na buceta da moça e começou a arrombar! Ele a penetrava com toda força possível, segurando forte nos seios dela, e por vezes enfiando seus dedos na boca da moça, quase como uma sessão de estupro! Depois, ele a colocou de quatro sobre a cama, e falou que desejava fazer sexo anal com ela. Ela respondeu que nunca havia feito antes, mas que toparia desde que ele fosse cuidadoso. Ele então lubrificou bem o ânus da moça, seu pênis, e começou a penetrá-la  v-a-g-a-r-o-s-a-m-e-n-t-e. Sentindo muito desconforto, ela pensou em parar com tudo, mas queria que ele conseguisse. Daí, quando menos esperava ele conseguiu enfiar a cabeça de seu pênis, dali pra frente tudo era mais fácil. Ele então se deslizou no ânus da garota, enfiando completamente seu pênis. Ela gritava, mas seu tesão conseguia ser maior que a dor, então pediu para que ele continuasse. Assim ele fez, segurando firma na cintura da moça, onde só largava para dar leves palmadas nas fartas nádegas da moça. Só parou quando finalmente conseguiu gozar, seguido por ela, que se masturbava loucamente. Depois desta noite, o natal de Anita nunca será o mesmo...

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22 de dez. de 2015

Ritual




Quero você,
No encanto de corpos,
No roçar de pele...
Entrarei no ritual,
tão animal,
tão belo,
tão envolvente...
Abrirei todo o leque,
Serei sua de longe,
Até o presente...
até o limite de não mais poder, 
manter, 
estar distante...
Você olhando,
eu chamando,
o ar sendo de energias...
Fêmea faço-me,
abraço diferente...
Ruídos pelo recinto...
o olhar é outro,
de fera,
de querer,
de desejo...
Danço a dança do cio,
recebo teu corpo cedendo...
E juntos,
no vai e vem da hora,
nem se lembra da hora,
que corre ,
que corre no corpo,
que corre em tudo...
águas muitas vêm...
fazem o barulho da vontade,
fazem a corrida do receber...
São os caminhos de você...
Sinto então, barco correndo em água, 
despertada...
Nascente e fonte de suas mãos,
de sua boca...
Navegue então...
O rio se fez,
Você o fez...
Desejo no ar,
hora correndo,
águas navegadas,
no ritual do cio,
no ritual da fusão,
no ritual do amor...


Jane Lagares

Teu Fruto




Chupo

teu fruto

na moita

que o vento

açoita

com boca

afoita

que grita

como louca

que goza

como vento

e geme

como mulher



Carlos Seabra



Sentindo Você




Você passou por aqui...
No escuro do quarto na noite
Corpo e vento, luz luar
Meus espaços de repente
Te sentem aproximar
Cada pedaço de pele
Sente o toque da tua mão
Nos cabelos o carinho
Suave dos teus dedos
O corpo arrepia, delícia
Respiro pouquinho, um nada
Procuro até nem me mover
Só te sentindo passear
Brincando na minha pele
E na distância dos tempos
Paro e tento eternizar
O instante em que, mesmo ausente,
Você conseguiu me amar...


Teca®

6 de dez. de 2015

Mera coincidência?!





Depois da praça tem uma rua que vai terminar na avenida principal. Lá, a noite quase não tem movimento de carros e ficam paradas meninas (mulheres e homens) fazendo ponto. A rua tem pouca iluminação e várias árvores com copas altas e cheias.
Nesse dia voltava do trabalho mais tarde que de costume, avistei de longe uma morena, cabelos longos, que vestia um casaco grande, uma espécie de sobretudo claro, com decote que ia até os joelhos. Como era inverno e fazia frio não estranhei, embora as outras meninas ignorassem o frio com pernas e seios amostra. Ao me aproximar, ela abriu o sobretudo e deixando o corpo absolutamente nu aparecer. No susto meti o pé no freio e o carro parou próximo da morena que veio em minha direção. Baixei o vidro do carro e ela com sorriso perguntou se tudo estava bem. Respondi que sim e destravei a porta. Ela entrou. Ainda com o sorriso colado no rosto, pernas e coxas amostra permaneceu calada. Fomos em direção da praça, que com outros carros estacionados parecia o ambiente adequado a situação. Senti suas mãos percorrendo minhas pernas. O som do zíper se abrindo me causando um frisson, ainda tímido senti o calor de sua boca cobrir meu membro, que logo deu sinal de vida. O cheiro de shampoo que vinha de seus cabelos. Sua boca me devorava em movimentos frenéticos. Quando já estava entregue, parecia que ia explodir, ela sacou do bolso do casaco uma camisinha. Abri o envelope e coloquei em suas mãos enquanto me chupava ardentemente. Não sei como ela conseguiu, mas afastou o banco para trás e reclinou o encosto. Sentou-se sobre mim balbuciou que era cabeçudo, (certamente para me agradar) remexeu os quadris, rebolou, contraiu. Olhava para o teto do carro como se preferisse me evitar. Com movimentos fortes eu acompanhava com os olhos aquela mulher que na verdade me comia. Gozei, ela foi diminuindo os movimento até que parou. Saiu decima de mim, tirou a camisinha deu nó e colocou de volta no bolso do casaco.
Abriu minha carteira tirou uma nota de R$100 e riu enquanto balançava a cédula. Me beijou.
Te vejo em casa. Disse ainda rindo.
Era nosso fetiche.

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Chover




Isso é loucura, é vontade. 
É carne, é pele. 
Gosto dessa tua loucura. 
Desse teu jeito sem pudor de ser minha, de ser muito. 
De levar ao limite nossos desejos, 
nossas manias de fazer vontade ao outro, 
de fazer vontades a gente mesmo. 
Somos nossos erros certos, nossos prazeres. 
Nessas noites inteiras, 
nessas madrugadas molhadas da chuva que fazemos chover.
E amanhã somos outra vez misturas na multidão. 
Até acontecer outra loucura qualquer.


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Tuas Mãos




São as tuas mãos soalheiras e deliciosas 
Quem me mantêm quente 
São as tuas mãos sábias e fulgurosas 
Que me acendem a mente 
São as tuas mãos garbosas e harmoniosas 
Que me fazem subir ao céu 
São as tuas mãos autoritárias e decididas 
Que me arrancam o véu 
São essas mãos que me fazem ferver 
Que cobiçam o meu corpo a tremer 
São elas que me fazem morrer 
De delícias de tanto prazer 
E tu, como sentes o meu vibrar 
Atormentas o meu sonhar 
Com essas mãos que me enlouquecem 
Me agarram, me entendem, me apetecem 
E a minha expectativa e sossego 
São tuas mãos segurar 
E sentir o teu apego 
Ao me amar.


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Somos um Quando Nossas Bocas se Encaixam





Adoro... 
Cada parte do seu corpo, 
todo ele fala quando estamos juntos colados um no outro, 
transpirando de prazer. 

Somos um, 
quando nossas bocas se encaixam, 
nossas curvas e pernas se acham e 
podemos de forma livre liberar a adrenalina, 
misturada com suor e prazer. 
Não existe momento mais prazeroso, ah!!! 
Não precisamos de fala, 
apenas os gestos falam por nós. 

Caímos no riacho doce um do outro e 
exprimimos sons que brotam de um longo e 
próximo gozo. 
É maravilhoso chegarmos juntos na fonte do prazer e 
podermos a cada toque retirar dos lábios um do outro, 
gemidos sufocados e 
completamente incompreensível, 
nós nos encaixamos, 
somos parte um do outro e 
cresce cada vez mais o desejo de nos completarmos, 
pois nos queremos e nos conhecemos.

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15 de nov. de 2015


DJ Artak & Samvel feat. Sone Silver - I Feel Your Body




Caixa Torácica





Com o fio da poesia transparente a nos unir
Rascunho dentro de nuvens
Do Atlântico cruzamos com o inesperado
Inflando a arte de azul

Na ponta do verso aponta a flecha 
O olho é arco em alto-mar 
O alvo a imensidão aberta
O sol se pondo na íris a tardar

Enquanto a noite engole o azul 
Vermelho o amor dança na areia 
Na fricção da pele 
Estrofes marítimas

Não há rima 
Mas há ritmo na liberdade das línguas

Manda chamar alguém que tenha as chaves da tua caixa torácica 
Alimentando as batidas dos próximos poemas que vir
Somando nossos pedacinhos úmidos nas estrofes

Águardendo nos poros subaquáticos de vida.
...

Rai Blue &  Natacia Araújo


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9 de nov. de 2015

Quando estás vestida




Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.

(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.

Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.

Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.

Teus exíguos
– Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos –
Brilham.) Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!

Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!
Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.

Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.

Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu’alma
Nua, nua, nua…

Manuel Bandeira

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8 de nov. de 2015

Inspiração




Poledance para dançarinas amadoras.


Poledance não é uma atividade reservada somente para "strippers", puro preconceito. Serve para dançarinas amadoras, que tenham qualquer outra profissão na sociedade.

Why I Dance from Why I Dance Film on Vimeo.

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Carnaval






Éramos nós Dani, Fê, Carla e eu Ana, gostávamos de carnaval, de um sambinha, de pegar praia, Dani era a casada do grupo, loira, olhos azuis e baixinha, Fê era uma linda negra, por onde andava chamava atenção, namorava e parecia que o casamento rolaria naquele ano, Carla era a doida que pintava os cabelos de rosa, era clarinha e também fofinha, namorava uma menina, e eu morena dos olhos puxados, alta 1,78, cabelos lisos que batiam no meio das costas, todas namoravam, menos eu, que sozinha ia levando a vida. A amizade vinha desde os tempos de faculdade, a gente aprontava, sempre grudadas, eu que apresentei o marido de Dani, um sujeito muito do bem, fazem um lindo par, nós temos um elo, ligamos quando estamos tristes, comemoramos nossos aniversários, a gente se vê no shopping, tomamos um café ou almoçamos juntas.
Àquele carnaval faríamos o de sempre: marcamos uma praia e depois almoçamos no Botafogo shopping, lá é tão lindo, tem um elevador panorâmico com a vista da orla do rio, e o almoço uma perfeição lagarto recheado, arroz com castanhas, maionese com ervas finas. A praia uma delícia, no Leme, lugar mais calmo da aglomeração, eu amo o mar, tem uma energia tão sublime, esse calor, o sol, a água limpinha, dava pra ver os peixinhos, sentia uma sensação gostosa dos meus pés na água, na areia, o céu tão azul, eu mergulhava e sentia aquela água fresquinha, e nadava até onde dava, ficava ali sozinha espreitando minhas amigas, um dia perfeito mesmo, na areia a nossa amizade, uma brincando com a outra, mexendo com a Machadão da Carla, a gente só brincava assim porque tínhamos intimidade, se metendo no cerimonial da Fê, falando mil coisas que não poderia faltar: a banda tal, o serviço de tal Buffet, excitadas de tanta falação, ela convidou todas nós pra sermos madrinha, e a gente combinando cores de vestidos, nós tínhamos afinidade, carinho uma pela outra.
Durante o almoço combinamos a fantasia do ano vai ser o que gente? Malandrinha já foi ano passado, Carmelita, muito calor, Mulher Gato, seria bacana, mas caro demais, então sugeri ser Colegial, seria fácil achar os acessórios, todas de acordo, combinamos dois dias depois no mesmo ponto de encontro: Posto Nove em Copacabana.
No Saara encontrei tudo pra fantasia, me joguei nas lojinhas, fui de shortinho, blusinha de alcinha pra exibir as marquinhas do sol e rasteirinha, ainda levava uma garrafa pra bebericar uma aguinha, muito calor, muitos assovios, meninos mexendo, eu me sentindo toda poderosa, encontrei tudo, a saia tergal plissadinha, uma camisa de manga curta, um par de meias ¾, e acharia um tênis ou sapatinho que combinasse, achei também os acessórios da maquiagem, cílios postiços, prendedores de cabelo, confetes de estrelinhas pra pôr no corpo, no rosto, tudo comprado, missão dada, missão comprida...
No dia seguinte, acordei bem cedo, tomei uma ducha, espalhei hidratante de morango pelo corpo, tinha feito o cabelo, lisíssimo, reparti em dois pus as xuxinhas, colei as estrelinhas nas coxas, espalhei pelos braços, colei as meias ¾ um pouco abaixo dos joelhos, pus um shortinho curtinho por baixo, a blusa amarrada com um nó e uma bolsinha a tira colo, a maquiagem perfeita, unhas bem feitinhas, estava linda, uma morena linda mesmo, fui descendo a rua em direção ao Metrô da Tijuca, estação Saens Pena e ficava pensando se aquele ano seria diferente, se acharia um par, um homem pra chamar de meu, estava desesperada pra voltar a namorar, já tinha uns dois anos que havia terminado com Léo, estava sozinha por opção, mas quem sabe um amor de carnaval surge, olhei pro céu roguei pro universo, e também estava linda, de marquinhas de praia, não tinha sentido ficar sozinha.   
No ponto de encontro a Fê levou seu noivo, acho que ele teve algum receio de nos deixar sozinhas, ela era a mais lindona de nós, Dani teimosa, levou o celular, nunca levávamos, e  Carlinha com sua namoradinha, estavam um luxo: o cabelo de uma era roxo o da outra rosa...
Em outro ponto da cidade, Carlos num imenso ônibus de excursão vinda de São Paulo, umas coroas chatas, uns casais muito apaixonados, e ele lá sozinho, do lado dele uma velhota chata pra caramba que o perturbou de São Paulo ao Rio, ele já não sabia o que fazer se matava, mandava ela se calar, mas ele era um lorde, educado, polido, recém separado, estava meio triste, e só topou a viagem porque ganhou de presente de uma prima, que preocupada queria que ele se divertisse, saísse um pouco de casa...
Nossas fantasias eram o máximo, pediam pra tirar foto com a gente, no bloco de rua, a música alta, o batuque dos tamborins, sambamos feito loucas, ríamos dos espetáculos, da mídia, dos famosos que apareciam nos palanques nos trios, das fantasias dos outros, curtíamos com a cara dos machos em torno de nós, bêbados, chatos, todo ano a mesma coisa, de repente o celular da Dani chama, era seu marido, alguma emergência na casa dela, ficamos aflitas, preocupadas e ela teve que partir, naquele instante não havia mais clima, todas pra um canto, perdi a carona... fiquei só em plena zona sul, o trânsito todo modificado, tive que ir a pé até o local onde haviam ônibus ou táxi...
Descendo as ruas da zona sul, tanto contraste né? Tão diferente, até o ar mais límpido, marítimo, olhando os prédios, imaginando como devem viver os ricos? Os apartamentos enfeitados, eles olhavam pra gente cá em  baixo, o povo curtindo, acho que eles durante o carnaval se misturam entre nós, olhava pra cima e tentava adivinhar... passando pelo Hotel Glória, vários ônibus excursionais, alguém me chama, Ana é você ? Eu atônita, desperto das minhas divagações e me deparo com um homem lindo, na minha frente, alto e... é você? Parece que seu documento caiu no chão, eu hã... (pensava meu Deus obrigada, e aquele sotaque paulista...que delícia de homem) sou eu sim, poxa muito obrigada, estava distraída, e ria sem parar, feito doida, ele scaneando meu corpo, minha fantasia, fuzilava meu olhar, e eu paralisada, parecia um ímã, nossas mãos se encostaram, me entregou o documento, você está acompanhada Ana? Pensei em mil coisas... ele era do bem, tinha carinha boa, vou dar essa chance pra ele, e estava sozinha mesmo, associei ao fato dele estar hospedado no Glória e antes de responder perguntei de onde era, ele passaria uma semana no Rio, vinha de São Paulo com uma excursão, reclamava das companhias, de cara fui com ele, era engraçado... sem jeito... bem estou a pé até um táxi que me leve a zona norte, moro na Tijuca, se quiser me acompanhar até o táxi, andamos, ia apresentando a cidade a ele, contava toda história... íamos passeando, suas mãos nas minhas, eu deixei, e sorri pra ele, estava com uma garrafinha de água ofereci a ele, ele bebeu da minha saliva eu achava tão sexy aquela cena, durante o longo trajeto, avistamos um beco, e tínhamos que ficar ali, ali era o lugar onde o táxi passaria, de pé, mãos se acariciando, ele observando o beco, me beija, beijo suave, intenso, meu lábio inferior acariciando os lábios dele, que boquinha gostosa, escuto um Minha colegial gostosa... sentia um frêmito de prazer que percorreu meu corpo todo, ele me leva pro ponto estratégico de sua observação e me lança pra um muro que cobre a visão externa, eu deixava ele comandar, era sua, arriou minhas vestes, calcinha, short, com volúpia, com prazer, me colocou de frente pro muro, segurou minha cintura, puxava com força, ia pincelando, eu gemendo baixinho, preocupada, pôs a mão na minha boca, ia sugando enquanto ele comia, metia, anda vai, goza... ele vou gozar, eu espera, me abaixo pra tomar aquele leitinho gostoso, quente, limpando seu mel...ele carinhoso, me levanta, eu cuspo, outra cena sexy, minha cuspida, leitinho derramado...
Foi aí que nos beijamos, abraçamos, sem palavras, e resolvi levar ele pro meu mundinho, meu apto, ia revelando minha inteligência, independência, moro sozinha, num apartamento na Tijuca, vem comigo.
Pegamos o táxi, abraçadinhos, gozados, melados, beijamos feito casal que se conhece há tempos, era uma delícia seus bracinhos, fortes... na entrada do apto, uma escadaria em mármore, elevadores antigos, um boa tarde pro porteiro, e um convite entre, meu apartamento todo arrumadinho, decoração moderna, alternativa, ambiente jovial, confortável, cheirinho do hidratante de morango da manhã, uma bagunça dos acessórios espalhados e de sacolas,  das roupas que pus pela manhã, ia questionando ele, o que fazia, (doida pra ele me pedir em namoro), se ele tinha alguém, ia catando toalha pra ele, e conversando, você gosta do carnaval? Abri o chuveiro, aguinha fresca, liguei o ar no quarto, separei minha camisolinha, saí, voltei pro banheiro, me despi na sua frente, aquele corpo lindo, moreno e de marquinhas, dei um beijão nele, segurei sua mão, conduzi ao banheiro, a água pelo nosso corpo, peguei minha esponjinha, um sabonete líquido e delicada começo a dar banho nele, cuidando dele, eu planejando uma tarde de amor intensa com um pedido de namoro... afastava qualquer aproximação, queria acarinhar seu corpo, deslumbrar sua pele, conhecer meu futuro macho paulista... já cheirosos, lavados, relaxados, vamos pro quarto, geladinho, como esperado, coloco um blues no som, fecho as cortinas, um abajour , luz verde baixinha, visto minha camisolinha de oncinha cinza e renda cor de rosa, tinha um decote que apertava os seios, que deixavam os seios lindos de marquinha, coxão coradinho do sol e pelinhos dourados, arrepiados, exibia uma estrelinha tatuada na nuca e no ombro, deitei ele na parte superior da cama, minha cama, minhas regras,  nos beijamos mais e mais, que gostosa você é Ana... eu ria feito moleca, descontraídos, sem pressa, saí da cama, puxei uma poltrona e fiquei ali fazendo um showzinho exibida, de frente, me alisando, olhando ele, apertava os seios, e deslizei minha mãozinha no ventre, aberta, alisando a xotinha, atrevida, passei na língua no dedo e fui descendo deslizando minha saliva até ela, alisando o grelinho, todo meladinho, gostoso e voltava a provar... você quer amor? Ele senta-se na poltrona, eu de joelhos camisolinha acariciando suas pernas, lambendo com a ponta da língua suas coxas, e acariciando o membro duríssimoseios com a ponta dos dedos, passando pelo saquinho, e agora lambendo, de-va-gar, gostosamente provando, provocando, desci a alcinha da camisola, firmes, o biquinho batendo nas suas coxas, sensação gostosa, eu coloco seu pau entre os dois volumes dos seios, segurando firme, subindo, descendo, cuspindo pra escorregar, encaixados numa espanhola deliciosa, ele gemendo, eu provando da babinha na ponta da glande, passando minha linguinha, cuspindo, ouvindo um ...vai... não para, caralho...uns gemidos gostosos... e um tesão que inebria a gente, entontece, levanto vou pra quina da cama, de pé, um joelho sobre a cama, descalça, ele agarrando meus seios, por trás, enroscando seus dedos nos meus cabelos cheirosos, macios, enfiando a língua na minha orelha, falando um monte de coisas gostosas, minha colegial, minha putinha, e pincelando, provocando ao máximo, e eu na dança, no ritmo das suas provocações, sinto seu membro, grosso, duro, penetrando minha xotinha macia, apertada, ele entrando, aos poucos pra não machucar, ia enfiando, eu já em urros, quase choro em súplica de um... mete vai... convalescente das suas torturas, ele vai com tudo, eu reta no seu membro, ele percorre suas mãos pelo meu corpo, fodendo, metendo, estocando, socando, gozo bem rápida, sem querer que pare, ele sente que gozei, mando ele continuar... tenho orgasmos múltiplos pra você amor...e um novo gozo, olhos fechados, corpo entregue, molinho, me deito na cama e sinto ele por cima, continuo reta, pernas juntas e ele se enfiando, chupando, mordiscando meus seios, a sensação daquela posição... o ir e vir do seu membro dentro de mim, um êxtase, levanto e fico de quatro com a cabeça no travesseiro, empinadinha, toda sua, bem melada, ele enfiando, comendo tudo outra vez, insaciável, tarado...gostoso...e um gozo lindo, um banho, sentindo seu esperma denso, quente pelo meu corpo... que cena...que lindo!
Ficamos assim, estagnados, parados, exaustos, depois arrumei um lanche, conversamos à mesa, tanta intimidade, ouvi toda a sua história e ele a minha, combinamos em quase tudo, e um convite de namoro, que rolou naturalmente, éramos muito intensos juntos e não poderíamos deixar que aquele dia morresse e juramos juras de amor eternas... e prometemos nos reencontrar... e durante todo o carnaval, nos víamos, namoramos e dormíamos abraçados, grudados...


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7 de nov. de 2015

Amo tres gestos teus…



Amo três gestos teus quando, senhor,
me incendeias do teu próprio fogo.
Te serves do meu corpo, minha boca
sorves na tua, me penetras…
És poderoso, vivo, estás feliz.
Mas depois disso cada minuto é meu.


Giosi Lippolis


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30 de out. de 2015

Imprintafter - Every Time I Close My Eyes




Poeminha Amoroso






Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...


Cora Coralina

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Mulher









Não quero uma mulher
Que seja gorda ou magra
Ou alta ou baixa
Ou isto e aquilo.

Não quero uma mulher
Mas sim um porto, uma esquina
Onde virar a vida e olhá-la
De dentro para fora.

Não espero uma mulher
Mas um barco que me navegue
Uma tempestade que me aflija
Uma sensualidade que me altere
Uma serenidade que me nine.

Não sonho uma mulher
Mas um grito de prazer
Saindo da boca pendurada
No rosto emoldurado
No corpo que se apoie
Nas pernas que me abracem.

Não sonho nem espero
Nem quero uma mulher
Mas exijo aos meus devaneios
Que encontrem a única
Que quero sonho e espero
Não uma, mas ela.

E sei onde se esconde
E conheço-lhe as senhas
Que a definem. O sexo
Ardente, a volúpia estridente
A carência do espasmo
O Amor com o dedo no gatilho.

Só quero essa mulher
Com todos seus desertos
Onde descansar a minha pele
Exausta e a minha boca sedenta
E a minha vontade faminta
E a minha urgência aflita
E a minha lágrima austera
E a minha ternura eloquente.

Sim, essa mulher que me excite
Os vinte e nove sentidos
A única a saber
O que dizer
Como fazer
Quando parar
Onde Esperar.

Essa a mulher que espero
E não espero
Que quero e não quero
Essa mulherportoesquina
Que desejo e não desejo
Que outro a tenha.

Que seja alta ou baixa
Isto ou aquilo
Mas que seja ela
Aquela que seja minha
E eu seja dela
Que seja eu e ela
Euela eu lá nela
Que sejamos ela.

E eu então terei encontrado
A mulher que não procuro
O barco, a esquina, Você.
Sim, você, que espreita
Do outro lado da esquina, no cais,
A chegada do marinheiro
Como quem apenas me espera.

Então nos amarraremos sem vergonha
À luz dos holofotes dos teus olhos,
E procriaremos gritos e gemidos
Que iluminarão todas as esquinas.

Será o momento de dizer
Achei/achamos amei/amamos
E por primeira vez vocalizar o
Somos, pluralizando-nos
Na emoção do encontro.

Essa a mulher
que não procuro
nem espero.
Você, viu? Você!


Bruno Kampel

©




photo:mrchill




24 de fev. de 2015

A tua voz na primavera






Manto de seda azul, o céu reflete
Quanta alegria na minha alma vai! 
Tenho os meus lábios úmidos: tomai 
A flor e o mel que a vida nos promete! 

Sinfonia de luz meu corpo não repete 
O ritmo e a cor dum mesmo beijo… olhai! 
Iguala o sol que sempre às ondas cai, 
Sem que a visão dos poentes se complete! 

Meus pequeninos seios cor-de-rosa, 
Se os roça ou prende a tua mão nervosa, 
Têm a firmeza elástica dos gamos… 

Para os teus beijos, sensual, flori! 
E amendoeira em flor, só ofereço os ramos, 
Só me exalto e sou linda para ti! 


 Florbela Espanca 
                                                                                                                     

  Fotógrafo Eric Rose