11 de fev. de 2016

No Altar Do Teu Corpo







No altar de teu corpo
comungo do cálice do prazer doentio...
Exteriorizo fantasias luxuriosas
enfeitando com pétalas de fantasia

as calcinhas de rendas, suas sunguinhas,
meias taças em que tu bebes do vinho de Baco.
Dedos lépidos como os ventos de Zéfiro correndo pelas grutas do corpo teu
bocas que se mordem sugando a seiva da vida...

Quarto vermelho, fagueiro
um fogareiro de explosão e cor
música em surdina, que alucina esse vulcão...
que é o amor...

Dia após dia, tu vens me perseguindo,
vivendo nesse torpor de desejos
prazer encantador,
Vem meu amor, chegue logo
para realizar o ato! 

Desacate meu corpo, desate qualquer amarrio
dos laços lúgubres de pecado.
Faça desse instante de dor, de ais e gemidos
o momento do prazer maior.

Porque amor pra ser paixão,
tem que ser ferro e fogo
marcar o corpo
de tal maneira, que não se consiga esquecer o outro.

Depois,
que se lembre do beijo , da língua percorrendo grutas
nervuras, carícias...
Que a lembrança seja a chama constante
Que ilumina o altar do amor.



Margaret Pelicano


©


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