10 de mar. de 2017

Selvagens Vermelhos










Guarita dentro da relva
no ventre nu
repousa teu selvagem cavalo
enquanto a noite pélvica
contrai devagar

a maciez dos campos vaginais
massageia o teu bicho que dormia

te alicio
me alisas
a mucosa esquenta
tinta e rosè

e então cavalgamos 
até o amanhecer
o róseo escuro e úmido 
 dos campos de centelhas

pingamos fogo
queimamos a relva

e o dia desperta
com um rio nos arrastando pra longe

a terra treme tácita e nômade
e orquídeas eretas
brotam dos morros e seus (an)seios
ejaculando selvagens vermelhos.


(RaiBlue)


©


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