Uma nuca de loura e de graça inclinada,
Um colo que arrulha, belos, lascivos seios,
Com medalhões escuros na mama afogueada,
Esse busto se assenta em baixas almofadas
Enquanto entre duas pernas para o ar, vibrantes,
Uma mulher se ajoelha – ocupada com quê?
Amor o sabe – expondo aos deuses a epopéia
Singela de seu cu magnífico, um espelho
Límpido da beleza, que ali quer se ver
Pra crer. Cu feminino, que vence o viril
Serenamente – o de efebo e o infantil.
Ao cu feminino, supremo, culto e glória!
Paul Verlaine
©
Nenhum comentário:
Postar um comentário